Economia

Guedes diz que não irá a encontro do FMI por "prioridades" no Brasil

Ministro confirmou que assuntos prioritários estão ligados à aprovação da reforma da Previdência no Congresso, prevista para ser concluída na próxima semana

Paulo Guedes: ministro cancelou ida a encontro do FMI nos Estados Unidos (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Paulo Guedes: ministro cancelou ida a encontro do FMI nos Estados Unidos (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 14h54.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, desistiu de ir aos Estados Unidos para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), que ocorre nesta semana em Washington. Ele afirmou nesta quarta-feira, 16, que sua desistência de participar do encontro ocorreu em função de "prioridades aqui", no Brasil.

Questionado por jornalistas se essas prioridades estariam relacionadas ao "pós-reforma da Previdência", Guedes confirmou que este era o motivo.

O ministro e o presidente da República, Jair Bolsonaro, participaram na manhã desta quarta de evento de assinatura da Medida Provisória (MP) do Contribuinte Legal.

O objetivo do texto é estimular a regularização e resolução de conflitos fiscais entre a Administração Tributária Federal e os contribuintes com débitos junto à União, regulamentando o instituto da "transação tributária", prevista no Art. 171 do Código Tributário Nacional.

De acordo com interlocutores do ministro, ele preferiu ficar em Brasília para cuidar do que tem sido chamado na pasta de "agenda de transformação do Estado".

A permanência do ministro na capital federal seria uma demonstração de que ele está empenhado no acerto político para a apresentação de novas medidas, como o pacto federativo e a reforma administrativa, tão logo a reforma da Previdência seja aprovada.

Na terça-feira, 15, Guedes se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e, nesta quarta, terá reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tratar desta agenda.

Ainda nesta semana, o ministro também deve se encontrar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com bancadas de partidos no Congresso.

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