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Geração de postos de trabalho não está espalhada, diz IBGE

Em 2011, as empresas de alto crescimento correspondiam a 0,8% do total das companhias, mas eram responsáveis por 15,4% da massa de assalariados

Carteira de trabalho: as empresas de alto crescimento são consideradas empreendedoras por terem aumentado o número de funcionários assalariados, em média, 20% ao ano (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 10h59.

Rio - A geração de postos de trabalho no Brasil ainda está concentrada em um pequeno número de companhias, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Em 2011, as empresas consideradas de alto crescimento (EAC) correspondiam a apenas 0,8% do total das companhias ativas no Brasil, mas eram responsáveis por 15,4% da massa de assalariados e 14,4% dos salários pagos aos trabalhadores brasileiros, apontou o estudo Estatísticas de Empreendedorismo 2011.

No entanto, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) afetou a capacidade de empreender do empresário brasileiro, e a geração de emprego perdeu fôlego.

A taxa de crescimento do pessoal ocupado assalariado nas empresas empreendedoras passou de 37,0% em 2010 para 29,1% em 2011. No mesmo período, o PIB brasileiro saiu de um crescimento de 11,5% para 2,7%.

"A gente tem uma desaceleração quase geral nos indicadores dessa pesquisa de 2010 para 2011, mas isso reflete um pouco o período", explicou Cristiano Santos, responsável pela pesquisa.

"Num momento que tem desaceleração no crescimento do PIB, há um ambiente um pouco menos propício, uma condição econômica um pouco menos propícia, fica mais difícil de as empresas empregarem no mesmo volume, que é muito alto".

No período, as empresas de alto crescimento reduziram ainda sua participação no número de empresas com empregados assalariados no País, na proporção de pessoal ocupado e no montante de salários pagos.


Em 2011, o Brasil possuía 34.528 empresas de alto crescimento (EAC), com cinco milhões de empregados assalariados, que receberam R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações.

Embora tenha havido um aumento de 3,6% no número dessas empresas em relação ao ano anterior, elas representavam apenas 1,5% das companhias com pelo menos um assalariado em 2011, contra uma fatia de 1,6% registrada em 2010.

Houve aumento de 0,8% no número de funcionários, mas, a proporção no total de assalariados do País caiu de 16,2% em 2010 para 15,4% em 2011. Já a massa de salários pagos cresceu 8,1% em relação a 2010, porém, a participação no pagamento total de remunerações caiu de 15,6% naquele ano para 14,4% em 2011.

As empresas de alto crescimento são consideradas empreendedoras por terem aumentado o número de funcionários assalariados, em média, 20% ao ano em um período de três anos. O estudo separa ainda as empresas classificadas como de alto crescimento orgânico, as que registraram um aumento efetivo de pessoal ocupado por meio de contratações e não por fusões ou incorporações de outras companhias.

As companhias de alto crescimento orgânico representaram apenas 1,5% das empresas com pelo menos um assalariado no País, mas foram responsáveis pela criação de quase metade, 48,5%, dos postos de trabalho em 2011.

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Rio - A geração de postos de trabalho no Brasil ainda está concentrada em um pequeno número de companhias, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

Em 2011, as empresas consideradas de alto crescimento (EAC) correspondiam a apenas 0,8% do total das companhias ativas no Brasil, mas eram responsáveis por 15,4% da massa de assalariados e 14,4% dos salários pagos aos trabalhadores brasileiros, apontou o estudo Estatísticas de Empreendedorismo 2011.

No entanto, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) afetou a capacidade de empreender do empresário brasileiro, e a geração de emprego perdeu fôlego.

A taxa de crescimento do pessoal ocupado assalariado nas empresas empreendedoras passou de 37,0% em 2010 para 29,1% em 2011. No mesmo período, o PIB brasileiro saiu de um crescimento de 11,5% para 2,7%.

"A gente tem uma desaceleração quase geral nos indicadores dessa pesquisa de 2010 para 2011, mas isso reflete um pouco o período", explicou Cristiano Santos, responsável pela pesquisa.

"Num momento que tem desaceleração no crescimento do PIB, há um ambiente um pouco menos propício, uma condição econômica um pouco menos propícia, fica mais difícil de as empresas empregarem no mesmo volume, que é muito alto".

No período, as empresas de alto crescimento reduziram ainda sua participação no número de empresas com empregados assalariados no País, na proporção de pessoal ocupado e no montante de salários pagos.


Em 2011, o Brasil possuía 34.528 empresas de alto crescimento (EAC), com cinco milhões de empregados assalariados, que receberam R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações.

Embora tenha havido um aumento de 3,6% no número dessas empresas em relação ao ano anterior, elas representavam apenas 1,5% das companhias com pelo menos um assalariado em 2011, contra uma fatia de 1,6% registrada em 2010.

Houve aumento de 0,8% no número de funcionários, mas, a proporção no total de assalariados do País caiu de 16,2% em 2010 para 15,4% em 2011. Já a massa de salários pagos cresceu 8,1% em relação a 2010, porém, a participação no pagamento total de remunerações caiu de 15,6% naquele ano para 14,4% em 2011.

As empresas de alto crescimento são consideradas empreendedoras por terem aumentado o número de funcionários assalariados, em média, 20% ao ano em um período de três anos. O estudo separa ainda as empresas classificadas como de alto crescimento orgânico, as que registraram um aumento efetivo de pessoal ocupado por meio de contratações e não por fusões ou incorporações de outras companhias.

As companhias de alto crescimento orgânico representaram apenas 1,5% das empresas com pelo menos um assalariado no País, mas foram responsáveis pela criação de quase metade, 48,5%, dos postos de trabalho em 2011.

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