FMI pede que EUA, Brasil e Argentina conversem antes de nova taxação
Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na segunda-feira, tarifas sobre o aço e o alumínio dos países latinos
EFE
Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 18h03.
Última atualização em 3 de dezembro de 2019 às 18h05.
Madri — O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu que Estados Unidos , Brasil e Argentina dialoguem para resolver seus problemas comerciais antes da adoção de medidas protecionistas, como as tarifas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, ao aço e alumínio dos dois países sul-americanos.
"Os diferentes participantes do comércio internacional têm que passar para esquemas mais produtivos na resolução de seus conflitos (...), entrar em negociações econômicas que resolvam os problemas subjacentes que possam estar por trás desses conflitos, mas evitar surpresas", disse nesta terça-feira Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, à Agência Efe.
De acordo com Werner, "as diferenças genuínas que existem em termos de como o sistema de comércio internacional deve ser reequilibrado e ajustado devem ser resolvidas dentro de um contexto de negociações multilaterais que fortaleçam o sistema, em vez de enfraquecê-lo".
Para o diretor, é necessário "corrigir os pontos em que alguns países consideram que o sistema de comércio internacional, propriedade intelectual, etc, estão desequilibrados".
"Porém, isso deve ser feito em um quadro de cooperação internacional, para que o atual sistema seja mantido e melhorado e para que sejam evitados conflitos como os que temos visto, que exacerbam a incerteza e, com ela, afetam os investimentos, as cadeias de valor globais e o crescimento econômico de todos os envolvidos", acrescentou.