Fitch acredita que caiu risco de racionamento este ano
Diretor da agência disse que o risco de racionamento para 2015 caiu, mas que as condições para o próximo ano terão de ser provadas
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2015 às 17h29.
São Paulo - O diretor da Fitch Ratings Mario Storino, responsável pelo segmento de energia , considera que o risco de racionamento caiu este ano, mas que as condições para 2016 ainda terão de ser provadas, já que as estimativas são de que se feche o ano com os reservatórios em 20%.
Storino observou, durante evento organizado pela agência em São Paulo, que as distribuidoras se beneficiam da estimativa de que não haverá racionamento, mas que a inadimplência é um fator a ser observado.
"Não haver racionamento para as distribuidoras é positivo, mas um risco ainda a ser verificado é como, num cenário de pressão inflacionária, e eventual desemprego , os consumidores se comportarão", afirmou.
O analista lembrou que as tarifas já subiram na média de 24% e que num cenário de desemprego pode haver tanto inadimplência quanto ligações clandestinas.
Incorporadoras
No mesmo evento, a diretora da Fitch Ratings Fernanda Rezende disse que as perspectivas para o segmento de incorporação imobiliária são negativas este ano, especialmente por conta dos níveis dos estoques e dos distratos.
"No final de 2014, os estoques representavam 20 meses de vendas e isso é muito alto em relação aos anos anteriores. Temos visto as empresas reduzindo lançamentos e concentrando em caixa, mas os estoques altos podem pressionar o caixa", observou.
No ponto de vista de liquidez, Fernanda diz que este tem sido fator importante de diferenciação de ratings.
"Existem R$ 5 bilhões de divida vencendo este ano, R$ 1 bilhão em debêntures. Como se sabe que a geração de caixa não é positiva para todas, aquelas pressionadas pelos distratos têm cenário desafiador", comentou.
Segundo ela, estão na ponta negativa empresas como a Viver, Rossi, João Fortes e Brookfield; na ponta positiva, Cyrela e MRV.
"Os bancos estão seletivos e exigem garantias, não têm havido emissões clean (sem garantias) para os créditos mais fracos. Sabemos que o ritmo de lançamentos tem impacto direto no caixa das incorporadoras, o que pode pressionar a liquidez ao longo do anos", afirmou.
A Fitch Ratings acompanha 15 incorporadoras.
![1. Usiminas (USIM5)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_linha-de-producao-da-usiminas5.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
2 /11(Domingos Peixoto/EXAME)
![2. Minerva (BEEF3)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_minerva-unidade1.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
3 /11(Divulgação)
![3. Gerdau (GGBR4)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_gerdau82.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
4 /11(Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
![4. Duratex (DTEX3)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_duratex34.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
5 /11(Divulgação)
![5. M. Dias Branco (MDIA3)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_m_dias12.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
6 /11(Divulgação/M. Dias Branco)
![6. Iochpe-Maxion (MYPK3)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_iochpemaxion5.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
7 /11(Pedro Motta/EXAME.com)
![7. Embraer (EMBR3)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_ax127_1261_9.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
8 /11(Mark Elias/Bloomberg)
![8. Oi (OIBR4)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_lojaoi2.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
9 /11(Divulgação)
![9. Vale (VALE5)](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_valeblo6.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
10 /11(Dado Galdieri/Bloomberg)
![Veja agora as empresas negociadas por menos que o valor patrimonial](https://classic.exame.com/wp-content/uploads/2016/09/size_960_16_9_foto_1141.jpg?quality=70&strip=info&w=920)
11 /11(Rodrigo_Amorim/Creative Commons)