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FGV: indústria tem recuperação, mas falta investimento

Prévia da Sondagem da Indústria mostra uma trajetória de recuperação, embora ainda com sinais de fragilidade

Indústria de bens de consumo duráveis continua otimista, porém a de bens de capital permanece em um ritmo mais lento do que as das demais categorias de uso (Marcelo Almeida/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 12h41.

Rio de Janeiro - A indústria continua em trajetória de recuperação, embora ainda com sinais de fragilidade, principalmente no que diz respeito ao investimento. É o que demonstra a prévia da Sondagem da Indústria, segundo o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo. Como sinal positivo do resultado preliminar de outubro, o economista destaca o Índice de Confiança da Indústria (ICI), de 106,4 pontos, acima da média histórica dos últimos cinco anos.

O Índice de Situação Atual (ISA) passou a acompanhar a trajetória de avanço do Índice de Expectativa (IE), com alta de 2,3%, após queda de 0,1% em setembro. Além disso, a prévia da sondagem de outubro revela uma disseminação dos resultados positivos que, até então, estavam concentrados no setor automobilístico, afirmou Campelo. O destaque na pesquisa divulgada nesta segunda-feira foi a categoria de intermediários, que em meses passados reclamava especialmente da competição externa.

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"Seja por causa das medidas do governo, seja em função do câmbio ou da recuperação da demanda interna, a indústria apresentou melhora", afirmou o economista da FGV, ressaltando que a sondagem revela um conjunto de dados otimistas sobre a situação dos negócios, o que está relacionado com a lucratividade e a melhora do ambiente para contratações e investimento futuro.

A indústria de bens de consumo duráveis continua otimista, porém a de bens de capital permanece em um ritmo mais lento do que as das demais categorias de uso. "Bens de capital ainda está bem mais fraco, sinalizando que a indústria está recuperando, mas que ainda há sinais de fragilidade", sinalizou Campelo. Assim como os dados relativos ao investimento, também os dados sobre o mercado de trabalho reforçam a tese de que a indústria ainda não decolou completamente.

Quando questionado a respeito da intenção de contratação, o segmento industrial continua respondendo da mesma forma que em março deste ano, com ressalvas. "A indústria não desmobilizou mão de obra no pior momento da economia para evitar custos e porque há escassez de profissionais. Agora, também não contrata tão rapidamente", argumenta o economista da FGV, que aposta no aumento da produção industrial no quarto trimestre deste ano, com expectativa de continuidade do crescimento nos próximos seis meses.

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