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EUA impõem novas sanções contra integrantes do governo e empresas do Irã

Sanções atingem oito funcionários de alto cargo do governo do Irã e os "maiores produtores" de aço, ferro e cobre do país

Donald Trump: em pronunciamento nesta semana, presidente colocou panos quentes, mas falou das novas sanções (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 13h56.

Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 16h41.

Washington —  Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira novas sanções econômicas contra oito funcionários de alto cargo do governo do Irã , entre eles o secretário do Conselho de Segurança Nacional Supremo, Ali Shamkhani, e os "maiores produtores" de aço, ferro e cobre do país, uma resposta ao ataque com mísseis a duas bases que abrigavam tropas americanas no Iraque.

As sanções foram anunciadas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, ao lado do secretário de Estado, Mike Pompeo, na Casa Branca.

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"Essas sanções continuarão até que o regime (iraniano) interrompa o financiamento do terrorismo global e se comprometa a nunca ter armas nucleares", disse  Mnuchin, em pronunciamento.

Temores de que EUA e Irã estivessem caminhando para uma guerra cresceu na semana passada depois que um ataque por drone norte-americano matou o comandante iraniano Qassem Soleimani, estimulando o ataque de retaliação do Irã a instalações no Iraque que hospedam forças norte-americanas.

Ninguém foi ferido nos ataques iranianos e os dois lados parecem ter recuado à beira de um conflito total. O presidente Donald Trump prometeu na quarta-feira impor sanções adicionais, a resposta mais concreta dos EUA aos ataques.

As medidas visam oito importantes autoridades iranianas que, segundo Pompeo, são responsáveis pela violência do governo no exterior e pela repressão aos manifestantes no próprio país.

"Estamos atingindo o coração do aparato de segurança interna da República Islâmica. Os alvos dessas sanções incluem o secretário do Conselho Nacional Supremo e o comandante das forças Basij", disse Pompeo.

Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã, que foi um dos sancionados na sexta-feira, considerou a nova medida dos EUA "simbólica".

"A imposição de sanções é simbólica para os Estados Unidos e para mim, porque essa medida não terá impacto econômico e não compensará a barragem de mísseis (do Irã) e não trará respeito a Washington", tuitou Mohsen Rezaie.

As tensões entre Washington e Teerã aumentaram desde que o presidente Donald Trump retirou unilateralmente os EUA do acordo nuclear do Irã em 2018 e começou a reimpor sanções que foram relaxadas sob o pacto.

Os EUA também sancionaram a compra de dólares pelo Irã, seu comércio de ouro e metais preciosos e suas transações com metais, carvão e software relacionado.

Richard Nephew, especialista da Casa Branca e do Departamento de Estado em sanções ao Irã durante o governo Obama, minimizou as medidas mais recentes, dizendo que grande parte do setor de metais já estava sob sanção, assim como a maioria das pessoas citadas.

"Isso é uma piada. Essas sanções têm como alvo um setor que supostamente está fora dos limites de qualquer modo e autoridades sêniores que na maior parte já é alvo de sanções", disse Nephew, agora pesquisador sênior e professor-adjunto da Universidade de Columbia.

As sanções de sexta-feira congelam todas as propriedades ou ativos que os alvos das sanções tenham sob a jurisdição dos EUA. Pessoas ou instituições financeiras estrangeiras envolvidas em determinadas transações com os alvos designados também podem ser expostas a sanções.

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