O dólar comercial fechou cotado a 3,54 reais para venda, uma queda de 1,67% na comparação com sexta-feira, quando atingiu o menor valor desde 23 de setembro. Esse valor é o menor desde 20 de setembro, mas ainda está longe da menor cotação em 12 meses: 2,2709, segundo a Ptax, do Banco Central. Desde a eleição do segundo turno, em 27 de outubro, a moeda norte-americana cedeu 5,4%.

Em sete dias, a queda já passa os 5%. Em 2002, contudo, a desvalorização já soma 55,63%. Em 365 dias, a desvalorização é de 34,65%. Segundo analistas, o mercado estava sobrevalorizando o risco da vitória do PT nas eleições presidenciais.

O volume de negócios, porém, foi muito pequeno. Segundo operadores, isso ocorre por causa do contínuo movimento de venda de dólares por parte das instituições financeiras, tendência que se verifica desde o fim do período eleitoral.

"O mercado continua com seu movimento de realizações e mesmo com os fortes vencimentos que existem pela frente estão todos muito otimistas, tanto em relação a rolagem dessas dívidas, quanto ao cenário político-econômico do país", afirmou um operador do Rio de Janeiro. "Já nem se fala mais sobre equipe econômica".

A baixa na cotação do dólar também foi atribuída aos bons resultados das contas do governo. Nesta segunda-feira foi divulgado o superávit da balança comercial que, no acumulado até outubro, o superávit da balança já alcança 10,06 bilhões de dólares. Só em outubro, o saldo ficou positivo em 2,204 bilhões de dólares.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os contratos de câmbio que vencem em dezembro baixaram 1,27% (dólar a 3,505 reais). O dólar dos contratos de janeiro projetou a moeda 3,475 reais, uma queda de 0,81%.