Economia

Diversificação das exportações compensa valorização do real, diz Furlan

Vendas externas de manufaturados respondem por 78% da alta das exportações no primeiro trimestre de 2005, e levam segmento a incrementar em 5 pontos percentuais sua participação nas exportações totais

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h14.

A diversificação e o aumento dos preços estão minimizando os efeitos da apreciação cambial sobre as exportações brasileiras. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, a diversificação de mercados e produtos e o bem-sucedido repasse de custos ajuda a explicar o avanço brasileiro no comércio exterior, apesar da alta do real frente o dólar. Além disso, diversos segmentos que exportam principalmente para a Europa ou para o Japão conseguiram alterar suas tabelas para as moedas locais, desatrelando seus negócios da desvalorização do dólar.

"O câmbio impacta as exportações, mas tem afetado setorialmente. Ao mesmo tempo que há algumas perdas, elas estão sendo absorvidas por outros setores e outros mercados", diz Furlan. No primeiro trimestre deste ano, a balança comercial somou superávit de 8,32 bilhões de dólares, 35% mais que o resultado do primeiro trimestre de 2004. Ainda comparando os dois períodos, as exportações cresceram 5 bilhões de dólares, com destaque para os produtos manufaturados.

Segundo os economistas do banco Bradesco, a expansão das vendas de manufaturados no exterior responde por 78% da alta das exportações. Esse desempenho elevou em 4,9 pontos percentuais a participação desses priodutos no total das exportações, de 53,4% nos primeiros três meses de 2004 para 58,3% neste trimestre. Os produtos básicos respondem por apenas 2% da alta, e os semimanufaturados, por 17,3%.

Em boletim, o Bradesco ressalta que o aumento dos preços que os exportadores estão conseguindo emplacar não é algo comum. "Os preços dos manufaturados são mais rígidos que os das commodities e há dificuldades de repassá-los diante da concorrência mundial", diz análise. O crescimento da economia americana ajuda a explicar o fenômeno. As vendas brasileiras para os Estados Unidos avançaram 32,6% no primeiro trimestre, acima da taxa média de expansão, de 27,8%.

Com informações da Agência Brasil.

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