Economia

Distribuição dos recursos do pré-sal vai à votação no plenário do Senado

Divisão dos recursos da chamada cessão onerosa já foi aprovada pela Câmara

Senado: expectativa é que a matéria seja votada em regime de urgência no plenário da casa ainda nesta terça-feira (15) (Roque de Sá/Agência Brasil)

Senado: expectativa é que a matéria seja votada em regime de urgência no plenário da casa ainda nesta terça-feira (15) (Roque de Sá/Agência Brasil)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 15h03.

São Paulo — Após ter sido aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça-feira (15), o projeto de Lei 5478/2019, que define o rateio, entre estados e municípios, de parte dos recursos do leilão de petróleo do pré-sal a ser realizado no próximo dia 6 de novembro, seguiu para votação no plenário da casa em regime de urgência.

O texto — que já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados — foi aprovado em unanimidade na Comissão sem alterações.

A expectativa é que a matéria seja votada em regime de urgência no plenário da casa ainda nesta terça-feira (15). Se aprovado, o texto vai à sanção presidencial.

Pela proposta aprovada, 15% (R$ 10,95 bilhões) dos recursos que serão divididos serão destinados para estados, da seguinte forma: dois terços conforme os critérios do Fundo de Participação dos Estados – que beneficiam mais Norte e Nordeste – e um terço seguindo as regras do Fundo de Exportação e da Lei Kandir – que beneficiam os estados exportadores.

Outros 15% (R$ 10,95 bilhões) serão destinados para os municípios, segundo os critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FMP), priorizando municípios mais pobres. Já a União fica com R$ 49 bilhões, a Petrobras com R$ 33,6 bilhões.

Como o Rio de Janeiro é um estado produtor, ele ficará com R$ 2,4 bilhões.

A divisão dos recursos foi costurado na última semana por deputados, senadores e governadores.

O que é a cessão onerosa?

A chamada cessão onerosa foi um acordo entre a União e a Petrobras para a exploração de campos de petróleo do pré-sal sem licitação, feito em 2010.
O acordo previa a extração de até 5 bilhões de barris pela estatal. Como a quantidade potencial dos poços se mostrou maior, o governo precisará fazer um leilão sobre as áreas excedentes.

Estimativas preveem que a área possa ter de 6 a 15 bilhões de barris de petróleo. Com isso, o megaleilão, marcado para novembro, pode render R$ 106,5 bilhões aos cofres públicos.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosPré-salSenado

Mais de Economia

Governo avalia usar saldo de Itaipu para isentar contas de luz de consumidores do Rio Grande do Sul

Efeitos das enchentes no RS na economia serão sentidos no PIB e nos preços, diz secretário

Petrobras: novo modelo de venda a distribuidoras deve reduzir preço do gás em até 10%

Petrobras anuncia redução nos preços do gás natural

Mais na Exame