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Distância entre Brasil e demais emergentes crescerá em 2006

País continuará crescendo a taxas menores do que as de seus concorrentes da Ásia, Europa e até da América Latina

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h12.

A aceleração da economia brasileira, neste ano, não será suficiente para encurtar a distância que o separa dos demais países emergentes, segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta quarta-feira (19/4). Entre as nações em desenvolvimento avaliadas pelo fundo, cabe aos brasileiros uma das menores taxas de expansão do PIB projetadas para 2006: 3,5%. Embora maior que os 2,3% registrados no ano passado, o número está abaixo do previsto para a América Latina (4,3%), e países emergentes da Europa (5,3%) e da Ásia (7,9%).

Se as projeções forem cumpridas, o Brasil verá mais uma vez os demais emergentes se afastarem. Os países em desenvolvimento da Ásia acumulariam um crescimento de 26,55% entre 2004 e 2006. Já o PIB dos emergentes europeus acumularia um incremento de 18,31% no mesmo período. Na América Latina, o avanço seria de 14,87%. Já o PIB brasileiro subiria 11,07% na mesma comparação.

Se isto ocorrer, o fosso entre o Brasil e concorrentes diretos também ficará maior. A taxa projetada para a China, neste ano, é de 9,5%, e para a Índia, de 7,3%. Com isso, os chineses encerrariam 2006 com um avanço acumulado desde 2004 de 32,5%. Já os indianos registrariam 25,6%.

Entre os emergentes relacionados pelo FMI, a taxa prevista para o Brasil só perde para a do Equador (3%), e Malta (1,3%). A alta de 3,5% do PIB, no entanto, coincide com as previsões de instituições financeiras que atuam no Brasil, segundo o último relatório de mercado do Banco Central. De acordo com o fundo, há sinais de que a economia brasileira aumentará o passo neste ano, como os dados de crescimento das vendas e da produção industrial no primeiro trimestre e a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic), que deve estimular novos investimentos.

O FMI lembra, porém, que as amarras para um crescimento mais acelerado só serão desfeitas quando o país concluir as reformas estruturais há tanto pleiteadas pela indústria - como a fiscal, a trabalhista e a previdenciária. O desafio mais imediato é resistir à pressão pelo aumento dos gastos públicos em um ano eleitoral, o que poderia comprometer o superávit primário, cuja meta oficial é de 4,25% do PIB.

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