Diretor do BC diz que desequilíbrios regionais levaram a crise
Segundo Luiz Awazu Pereira, cresimento antes da crise tinha problemas estruturais
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2011 às 17h24.
Brasília – Os desequilíbrios globais entre padrões diferentes de poupança e consumo, que se refletem nos balanços de pagamentos das grandes zonas econômicas, formam o pano de fundo da crise econômica iniciada em 2008 e que ainda gera tantas incertezas nos dias de hoje. Principalmente quanto ao ritmo da recuperação da atividade produtiva na Europa e nos Estados Unidos.
O diagnóstico foi feito hoje pelo diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro (Dinor) do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, na instalação do 2º Colóquio Internacional Poupança, Investimento e Moeda no Brasil: Perspectivas Franco-Brasileiras, que se estende até amanhã e conta com a participação de autoridades financeiras de cinco países.
Awazu ressaltou que o colóquio ganha relevância no contexto atual de “grandes complexidades e desafios para a economia global” e que o compartilhamento de perspectivas internacionais sobre o financiamento sustentável do crescimento é fundamental para a identificação de estratégias voltadas à recuperação da atividade econômica.
Na análise do diretor do BC, o ciclo de crescimento global pré-crise tinha fragilidades estruturais, como excessos de consumo e poupança, que necessitavam de reformas para o reequilíbrio do setor, de maneira coordenada em todas as zonas da economia global. Mas as mudanças não vieram a tempo, segundo ele, e o excesso de consumo até exacerbou-se, ativado pelo crédito e pela intermediação financeira.
A situação revelou vulnerabilidades nos bancos, excesso de endividamento das empresas e das famílias, além da combinação de fatores conjunturais nos EUA e na Europa, que tornaram o ambiente econômico internacional “especialmente volátil e complexo”, com impacto negativo na confiança dos agentes econômicos, nas perspectivas de crescimento de economias maduras e na repercussão em economias emergentes.
Ele salientou, contudo, a “relativa tranquilidade” com que a economia brasileira e o sistema financeiro nacional (SFN) têm atravessado as turbulências do mercado mundial. Reflexo, segundo ele, da “solidez dos resultados do nosso arcabouço macroeconômico e de sua capacidade de reação rápida a eventos de crise”, por causa da profunda transformação implantada no país há mais de uma década, firmada no tripé de um regime de metas de inflação, câmbio flutuante e consolidação fiscal. A isso, Awazu acrescentou o quadro de “regulação prudencial” do sistema financeiro local mais rigoroso que na maioria dos países.
Brasília – Os desequilíbrios globais entre padrões diferentes de poupança e consumo, que se refletem nos balanços de pagamentos das grandes zonas econômicas, formam o pano de fundo da crise econômica iniciada em 2008 e que ainda gera tantas incertezas nos dias de hoje. Principalmente quanto ao ritmo da recuperação da atividade produtiva na Europa e nos Estados Unidos.
O diagnóstico foi feito hoje pelo diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro (Dinor) do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, na instalação do 2º Colóquio Internacional Poupança, Investimento e Moeda no Brasil: Perspectivas Franco-Brasileiras, que se estende até amanhã e conta com a participação de autoridades financeiras de cinco países.
Awazu ressaltou que o colóquio ganha relevância no contexto atual de “grandes complexidades e desafios para a economia global” e que o compartilhamento de perspectivas internacionais sobre o financiamento sustentável do crescimento é fundamental para a identificação de estratégias voltadas à recuperação da atividade econômica.
Na análise do diretor do BC, o ciclo de crescimento global pré-crise tinha fragilidades estruturais, como excessos de consumo e poupança, que necessitavam de reformas para o reequilíbrio do setor, de maneira coordenada em todas as zonas da economia global. Mas as mudanças não vieram a tempo, segundo ele, e o excesso de consumo até exacerbou-se, ativado pelo crédito e pela intermediação financeira.
A situação revelou vulnerabilidades nos bancos, excesso de endividamento das empresas e das famílias, além da combinação de fatores conjunturais nos EUA e na Europa, que tornaram o ambiente econômico internacional “especialmente volátil e complexo”, com impacto negativo na confiança dos agentes econômicos, nas perspectivas de crescimento de economias maduras e na repercussão em economias emergentes.
Ele salientou, contudo, a “relativa tranquilidade” com que a economia brasileira e o sistema financeiro nacional (SFN) têm atravessado as turbulências do mercado mundial. Reflexo, segundo ele, da “solidez dos resultados do nosso arcabouço macroeconômico e de sua capacidade de reação rápida a eventos de crise”, por causa da profunda transformação implantada no país há mais de uma década, firmada no tripé de um regime de metas de inflação, câmbio flutuante e consolidação fiscal. A isso, Awazu acrescentou o quadro de “regulação prudencial” do sistema financeiro local mais rigoroso que na maioria dos países.