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Dia nos mercados deve acompanhar tensão de toda semana

São Paulo, 20 de setembro (Portal EXAME) A semana foi marcada pela volta da insegurança do mercado em relação às eleições presidenciais. Junto com a tensão internacional de ameaça de guerra e alta do preço do petróleo, isso fez com que o dólar comercial fechasse pela sexta vez seguida, passando de 3,11 reais, em 12/09, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

São Paulo, 20 de setembro (Portal EXAME) A semana foi marcada pela volta da insegurança do mercado em relação às eleições presidenciais. Junto com a tensão internacional de ameaça de guerra e alta do preço do petróleo, isso fez com que o dólar comercial fechasse pela sexta vez seguida, passando de 3,11 reais, em 12/09, para 3,45 reais, ontem (alta de 10,36%). O mercado de ações não teve como escapar nem da falta de liquidez do câmbio, nem da má influência das bolsas internacionais, que também derraparam durante a semana. O Ibovespa registrou 9 372 pontos em 19/09, contra 10 172 de sete dias atrás. E a Bolsa de Valores de São Paulo já acumula perdas de mais de 9% em setembro.

Sem novas notícias sobre a posição dos candidatos na corrida eleitoral, nada indica que esta sexta-feira (20/09) será diferente. Os investidores quem tem dinheiro para injetar no mercado fecharam o bolso. Ninguém gasta um tostão até o dia 6/10. Falta dólar no mercado de câmbio e de ações. A baixa liquidez tem conseqüência direta no preço da moeda americana. Em setembro, a valorização do dólar chega a 14,62%, e em 2002, a 48,68%.

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Como se não bastasse a insegurança do mercado em relação a eleições e guerra, o BC decidiu não rolar os títulos públicos que vencem nos próximos dias 25 e 1º. A venda dos papéis seria uma forma de entrar dinheiro vivo no mercado sem passar pelas mãos das instituições financeiras, que especulam e elevam a cotação. Essa notícia deixa o mercado ainda mais nervoso, mesmo que a demanda pelos papéis não seja garantida são pouquíssimos os investidores que arriscam nessas condições políticas comprar títulos da dívida do governo. No dia 25 vencem 1,52 bilhão de dólares e no dia 1o, mais 1,25 bilhão.

A cautela dos investidores também afeta a liquidez da moeda americana quando as linhas de crédito às empresas brasileiras são suspensas. O volume de recursos enviados para o exterior em agosto foi de 1,63 bilhão de dólares, cerca de cinco vezes o montante remetido ao exterior no mesmo mês do ano passado. Isto mostra a dificuldade que as empresas têm para rolar suas dívidas, sendo obrigadas a resgatá-las, o que mantém a demanda por dólar aquecida.

Se vender papéis é difícil e o mercado está ávido por dinheiro, é de se esperar que as operações de recompra do BC tenham sucesso. Ontem, por exemplo, foram recomprados 701,4 milhões de reais em títulos públicos pós-fixados (os LFTs). Hoje, a intenção do BC é recomprar até 290 mil LFTs, com vencimento em 20/08/2003. Em reais, são cerca de 400 milhões.

Também acontece hoje um leilão de contratos cambiais em que o BC comprará até 6,5 mil contratos com data de início em 25/09/2002 e vencimento em 02/12/2002. E até 6,7 mil contratos com início em 25/09/2002 e vencimento em 02/01/2003. Além disso, o governo resgata 150 milhões de dólares referentes a uma dívida cambial em contratos de swap que decidiu não rolar por falta de demanda.

Indicadores

O governo dos Estados Unidos divulga o orçamento mensal de agosto para o país. A previsão dos analistas é de que o número fique em torno de 55 bilhões de dólares. O orçamento de julho foi de 80 bilhões.

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