Economia

Desocupação em junho sobe pelo sexto mês e chega a 13%, diz IBGE

A taxa de desemprego medida pelo IBGE em junho registrou alta pelo sexto mês seguido, fechando em 13%. Comparada com maio, permaneceu praticamente estável (12,8%), mas subiu em relação a junho do ano passado (11,6%). No mesmo período, surgiram mais 270 mil desocupados e houve queda de 13,4% no rendimento médio real habitualmente recebido pelas […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

A taxa de desemprego medida pelo IBGE em junho registrou alta pelo sexto mês seguido, fechando em 13%. Comparada com maio, permaneceu praticamente estável (12,8%), mas subiu em relação a junho do ano passado (11,6%). No mesmo período, surgiram mais 270 mil desocupados e houve queda de 13,4% no rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas. É o percentual mais alto desde o início da pesquisa feita pelo IBGE.

A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE pesquisa as seis maiores regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife), foi 13%.

Em relação a maio, o número de pessoas ocupadas manteve-se estável, mas cresceu 5,0% se comparado com junho de 2002, mantendo o nível de crescimento observado nos últimos meses, para essa comparação.

Ainda em relação a maio, aumentou o número de pessoas ocupadas nos serviços domésticos (3,6%), mas caiu a ocupação na indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás, e água (-1,8%) e no comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis etc. (-1,2%).

Em relação a junho de 2002, houve crescimento em todos os grupamentos, exceto comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, com queda de 2,1 %.

Em relação a maio de 2003, aumentou em 2% o total de trabalhadores por conta própria. Para as outras categorias de posição na ocupação, não houve variações relevantes. Em relação a junho de 2002, houve aumento de empregados sem carteira de trabalho assinada (8%) e de trabalhadores por conta própria (9,3%), enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada não variou significativamente.

Em junho, havia 2.735 mil desocupados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, sendo 54,4% mulheres, 46,4% homens, 36,4% jovens de 18 a 24 anos e 40,1% com 11 anos ou mais de estudo. Em relação a junho de 2002, havia mais 449 mil desocupados. No mesmo período, houve um crescimento significativo de desocupados na faixa dos 11 anos ou mais de estudo: 270 mil pessoas a mais.

Com relação a maio de 2003, as regiões pesquisadas tiveram comportamento diferenciado: em Recife e São Paulo houve queda da população desocupada (-1,9% e -0,6%, respectivamente), enquanto Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro apresentaram crescimento (10,9% , 3,2% e 2,5%, respectivamente) e Porto Alegre, estabilidade neste indicador.

Em junho, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, nas seis regiões metropolitanas foi R$ 847,90 (aproximadamente 3,5 salários mínimos). Não houve variação significativa em relação a maio deste ano, mas houve queda de 13,4% em relação a junho de 2002 (R$ 979,60).

De junho do ano passado para o deste ano, os rendimentos dos empregados com e sem carteira de trabalho assinada no setor privado recuaram 9,4% e 8,6%, respectivamente. No mesmo período, houve queda considerável no rendimento dos trabalhadores por conta própria (19,7%). A média do rendimento médio real habitualmente recebido da população ocupada no primeiro semestre deste ano foi R$ 863,30.

O número de pessoas não economicamente ativas (fora do mercado de trabalho) caiu 0,7% na comparação com maio de 2003 e de 4,1% na comparação com junho do ano passado.

Todas as Regiões Metropolitanas apresentaram queda no número de pessoas não economicamente ativas, sendo a maior delas (-6,1%) em Salvador.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Vendas no comércio crescem 0,6% em julho

"Economia vai crescer mais de 3% e agora precisamos controlar dívida interna", diz Haddad

Haddad reafirma compromisso com déficit zero e diz que vai rever receita de 2024 com o Carf

Haddad diz que governo deve propor taxação de big techs ainda neste ano