Os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação SEADE e pelo Dieese, mostram que, pelo terceiro mês consecutivo, houve queda na taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo.

O total de desempregados na região passou de 18,8%, em junho, para os atuais 18,1% da População Economicamente Ativa (PEA), estimando-se em 1.710.000 pessoas o número de desempregados em julho.

Houve aumento de 1,3% no nível de ocupação, nesse mês, quando foram gerados 98.000 postos de trabalho. Segundo o Dieese, o resultado favorável foi determinado pelo crescimento de todos os setores, com destaque para a indústria (43 000).

Em junho, o rendimento médio real dos ocupados e o dos assalariados permaneceram praticamente estáveis, tornando-se equivalentes a R$ 844 e R$ 880, respectivamente.

A taxa global de participação passou de 63,5%, em junho, para 63,7%, em julho, o que representou a entrada de 39 000 pessoas no mercado de trabalho regional. A redução do contingente de desempregados em 59 000 pessoas se explica, portanto, pela criação de 98 000 postos de trabalho, que superou o número de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho no período.

Em julho, o tempo médio de procura de trabalho pelos desempregados aumentou para 51 semanas, uma a mais que no mês anterior, verificando-se elevação do tempo médio de procura das pessoas em desemprego aberto (que passou de 43 para 44 semanas) e em desemprego oculto (que passou de 62 para 63 semanas).

Entre maio e junho de 2002, nas regiões metropolitanas em que a PED é realizada e cujos dados estão disponíveis, a taxa de desemprego permaneceu praticamente estável em Porto Alegre e apresentou variação negativa em Belo Horizonte (1,1%) e Recife (0,5%).

Em relação a junho de 2001, esse indicador aumentou em Porto Alegre e São Paulo, diminuiu em Recife e permaneceu estável em Belo Horizonte.