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Credit Suisse diz que devemos sentir pena da Geração Y

O relatório da riqueza global do banco suíço aponta que aqueles que chegaram à maioridade após a virada do século tiveram “falta de sorte”

Jovens: geração enfrentou uma crise financeira, elevados e crescentes preços das moradias, dívida estudantil e desigualdade cada vez maior. (LightFieldStudios/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2017 às 07h00.

Última atualização em 15 de novembro de 2017 às 07h00.

Londres - A geração Y está sempre na mídia -- de forma positiva ou negativa --, mas o Credit Suisse acredita que nós deveríamos sentir pena deles.

O relatório da riqueza global do banco aponta que aqueles que chegaram à maioridade após a virada do século tiveram “falta de sorte” e que a baixa riqueza tende a ser encontrada desproporcionalmente entre os grupos etários mais jovens.

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“Eles enfrentaram os rigores da crise financeira... e também foram muito prejudicados pelos elevados e crescentes preços das moradias, pela dívida estudantil e pela desigualdade cada vez maior. A geração Y não apenas tem mais probabilidade de enfrentar desafios maiores na construção de sua riqueza ao longo do tempo, como também uma maior desigualdade de riqueza que as gerações anteriores.”

Com sua relativa juventude, a geração Y ainda teve poucas chances de acumular ativos (ou está gastando todo o dinheiro em torradas com abacate) e o Credit Suisse afirma que eles enfrentam “circunstâncias particularmente desafiadoras”.

As comparações com os baby boomers (membros da geração nascida após a Segunda Guerra Mundial) podem não ser muito justas, mas o relatório observa que a geração Y não está se saindo tão bem quanto seus pais quando tinham a mesma idade, especialmente em relação à renda e à propriedade de moradia. A perspectiva de aposentadoria também é pior do que a das gerações anteriores.

“No geral, não é o que se chamaria uma geração de sorte”, afirmou o Credit Suisse.

Outros destaques do relatório:

- A riqueza global aumentou 6,4 por cento nos últimos 12 meses e agora é de US$ 280 trilhões;

- América do Norte e Europa, juntas, representam 64 por cento da riqueza familiar total (mas apenas 17 por cento da população adulta);

- O Reino Unido teve desempenho inferior à média nos últimos 12 meses, com alta de 2 por cento da riqueza por adulto na moeda local;

- O 1 por cento mais rico responde pela metade da riqueza familiar total.

 

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