Brasil maquia resultado fiscal, diz consultoria
A Capital Economics afirma que "dados oficiais publicados pelas autoridades brasileiras dão uma falsa impressão da saúde fiscal do País"
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2014 às 07h51.
Londres - Em meio à discussão sobre a credibilidade das contas públicas do Brasil, a consultoria Capital Economics decidiu avaliar a consistência dos dados contábeis do País. O resultado não foi nada bom. Diante das manobras executadas pelo Tesouro Nacional, que são classificados de "truques", a consultoria afirma que "dados oficiais publicados pelas autoridades brasileiras dão uma falsa impressão da saúde fiscal do País".
O economista-chefe para mercados emergentes da consultoria, Neil Shearing, estima que a contabilidade criativa que marcou a gestão recente do Tesouro Nacional resultou em melhora dos resultados fiscais de 2013 entre 1,5 ponto porcentual e 3 pontos do PIB.
Shearing diz em relatório que o Tesouro atua em várias frentes para melhorar a aparência dos números. A primeira estratégia foca no recebimento de receitas não recorrentes e a transferência antecipada de dividendos das estatais. Juntas, as ações aumentam as receitas em aproximadamente 1,1 ponto do PIB.
A segunda modalidade atua nas despesas, ao tentar atrasar a execução de gastos já planejados. Isso livrou temporariamente o governo de pagamentos que alcançariam 0,5 ponto do PIB. Em terceiro, o economista cita a mudança dos parâmetros usado no Orçamento, como a exclusão da Petrobrás e da Eletrobras. Isso permite gastar mais 1,4 ponto do PIB sem impacto visível nas contas.
De acordo com Shearing, levando-se em conta que parte da contabilidade criativa é legítima, "seria razoável argumentar que o déficit tem sido subestimado em cerca de 2 pontos do PIB". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Londres - Em meio à discussão sobre a credibilidade das contas públicas do Brasil, a consultoria Capital Economics decidiu avaliar a consistência dos dados contábeis do País. O resultado não foi nada bom. Diante das manobras executadas pelo Tesouro Nacional, que são classificados de "truques", a consultoria afirma que "dados oficiais publicados pelas autoridades brasileiras dão uma falsa impressão da saúde fiscal do País".
O economista-chefe para mercados emergentes da consultoria, Neil Shearing, estima que a contabilidade criativa que marcou a gestão recente do Tesouro Nacional resultou em melhora dos resultados fiscais de 2013 entre 1,5 ponto porcentual e 3 pontos do PIB.
Shearing diz em relatório que o Tesouro atua em várias frentes para melhorar a aparência dos números. A primeira estratégia foca no recebimento de receitas não recorrentes e a transferência antecipada de dividendos das estatais. Juntas, as ações aumentam as receitas em aproximadamente 1,1 ponto do PIB.
A segunda modalidade atua nas despesas, ao tentar atrasar a execução de gastos já planejados. Isso livrou temporariamente o governo de pagamentos que alcançariam 0,5 ponto do PIB. Em terceiro, o economista cita a mudança dos parâmetros usado no Orçamento, como a exclusão da Petrobrás e da Eletrobras. Isso permite gastar mais 1,4 ponto do PIB sem impacto visível nas contas.
De acordo com Shearing, levando-se em conta que parte da contabilidade criativa é legítima, "seria razoável argumentar que o déficit tem sido subestimado em cerca de 2 pontos do PIB". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.