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Brasil emprestará US$ 10 bilhões ao FMI

Quantia será destinada a ajuda de países com problemas de escassez de capital provocada pela crise

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2009 às 15h48.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil emprestará 10 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele, os recursos poderão ajudar países emergentes, principalmente, aqueles em desenvolvimento que hoje têm escassez de capital por causa da crise econômica mundial. Mantega enfatizou que, diante de uma crise de grande "envergadura", o Brasil está em condições mais sólidas para emprestar recursos ao Fundo Monetário. O governo brasileiro tem atualmente US$ 204 bilhões nas reservas internacionais do país.

O financiamento será feito através da aquisição do bônus do FMI. Os títulos estão sendo preparados e serão expressos em Direito Especial de Saque (DES), uma espécie de moeda do Fundo. É a primeira vez que o Brasil empresta dinheiro à instituição.

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"No passado, era ao contrário: o Fundo emprestava ao Brasil, que nos socorria quando o país era menos sólido. Hoje, o Brasil alcançou essa solidez e acumulou as reservas suficientes para poder ajudar a comunidade internacional, principalmente os países os que estão em dificuldade", afirmou.

Segundo ele, as condições que permitiram ao país emprestar recursos ao Fundo são o fluxo positivo recursos internacionais para o Brasil e o aumento das reservas internacionais brasileiras. O ministro esclareceu ainda que os recursos permanecerão nas reservas, mesmo com a compra dos títulos do Fundo. Na operação, o Brasil adquire os US$ 10 bilhões em títulos e se quiser poderá utilizá-los em operações com o próprio Fundo.

Em abril deste ano, o FMI o Brasil aceitou o convite da organização para entrar no time de credores. Segundo Mantega durante reunião do G-20, em Londres, ficou combinado que os países com mais recursos disponíveis dariam aporte de forma que o Fundo Monetário obtivesse mais 500 bilhões de dólares para poder ajudar os países em dificuldade.

"Esses aportes são importantes porque ajudam a encurtar a crise financeira internacional. Ajudam os países que têm hoje dificuldade a voltar para o comércio internacional e as transações internacionais, pois os países, com a crise, deixaram de importar e de participar do comércio e dos investimentos por falta de recurso."

*As informações são da Agência Brasil

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