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Arábia Saudita suspende exportação de frango de duas unidades da BRF

Serviço sanitário da Arábia Saudita suspendeu temporariamente exportação de frango após supostas violações na produção de ração e premix

As duas unidades da BRF exportavam cerca de 6 mil toneladas por mês (Pedro Ladeira/Folhapress)
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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 09h56.

São Paulo — A BRF comunicou nesta segunda-feira que o serviço sanitário da Arábia Saudita suspendeu temporariamente dois estabelecimentos da companhia para exportação de carne de frango ao país, enquanto aguarda mais informações sobre supostas violações cometidas pela empresa na produção de ração e premix.

"A SFDA informa que a medida é temporária e solicita às autoridades brasileiras, entre outros, mais detalhes acerca das investigações conduzidas entre 2014 e 2018 sobre supostas violações cometidas pela companhia na produção de ração e premix, preparado contendo vitaminas e aminoácidos", disse a BRF, citando que tomou conhecimento da nota oficial da Saudi Food and Drug Authority (SFDA) sobre a suspensão na véspera.

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Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a medida atinge as unidades de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, ambas no Paraná, sendo que apenas a primeira vinha exportando para a Arábia Saudita, com um volume de aproximadamente 6 mil toneladas/mês.

"A companhia já iniciou os ajustes de redirecionamento de produção para suas demais plantas até que os fatos sejam devidamente esclarecidos, possuindo ainda cinco plantas habilitadas para a Arábia Saudita. As plantas de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão serão utilizadas, a partir deste momento, para atendimento de outros mercados", afirmou.

A BRF também reiterou que tem cooperado irrestrita e continuamente com as autoridades brasileiras e internacionais na elucidação dos supostos fatos e não tolera quaisquer desvios de qualidade e integridade em seu processo produtivo.

"Dessa forma, intensificou e expandiu sua estrutura de controles internos, compliance e qualidade nos últimos anos com o intuito de garantir estrita aderência a toda e qualquer legislação sanitária mundial."

No final de 2019, o Ministério Público Federal do Paraná denunciou 11 pessoas no âmbito da operação Trapaça envolvendo a BRF, na qual os procuradores acusam empregados da empresa de usar "substâncias proibidas pela legislação brasileira no fabrico de compostos adicionados à ração".

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