A melhor do Centro-Oeste: Goiânia
A vantagem da localização
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
Há poucos dias o ex-piloto de Fórmula1 Wilson Fittipaldi Jr., o Wilsinho, se tornou mais um entre o 1,1 milhão de moradores de Goiânia, a capital de Goiás. Empresário rural em Mato Grosso, em breve Wilsinho começará a construir sua casa no condomínio horizontal Aldeia do Vale, o mais luxuoso da cidade. Segundo ele, o que mais o atrai é a qualidade de vida de Goiânia, uma cidade limpa e arborizada. Ela oferece também boas condições de atendimento à população, refletidas em índices de expectativa de vida, mortalidade infantil, leitos hospitalares e escolaridade acima da média nacional. Ali predominam as residências unifamiliares, e por isso o adensamento habitacional está longe da saturação. "Ainda temos 120 mil lotes vagos", diz o prefeito Pedro Wilson. Viver em Goiânia é barato. O custo de habitação é sensivelmente mais baixo que o de outras capitais. "Estamos lançando apartamentos de 92 metros quadrados, em bairro de grande valorização, por 80 mil reais", diz Paulo Roberto da Costa, diretor da Tropical Imóveis.
A localização geográfica é mais uma vantagem competitiva de Goiânia, situada a 20 minutos de vôo de Brasília. Além de facilitar os deslocamentos, isso beneficia negócios como os de atacado e distribuição. Até o início de 2002, a Panarello, a maior distribuidora de medicamentos do país, deve inaugurar na cidade sua nova sede e o centro de distribuição, um investimento total de 3 milhões de dólares. "Estar no meio do Brasil é um fator de competitividade", diz Paulo Panarello, presidente da empresa. E também favorece o turismo de negócios.
Desde 1994, com a inauguração do centro de convenções, Goiânia se mostra uma boa opção para eventos de grande porte. No Castro's, o melhor dos 85 hotéis da cidade, a diária custa cerca de 150 reais. Assim, é muito mais barato realizar congressos em Goiânia do que em São Paulo ou Brasília. Não é à toa que hotéis Ibis, Parthenon e de outras três redes estão em construção. Eles foram precedidos por uma nova leva de restaurantes, cinemas e outras opções de lazer. "Nos últimos anos Goiânia entrou definitivamente na rota do consumo", diz Marcelo Gomes, superintendente do Buriti, um shopping para a classe C.
Mas nem só de serviços vive Goiânia. Está ali metade das cerca de 4 mil indústrias de confecção de Goiás, o quarto maior pólo de moda do país. O pólo emprega 35 mil pessoas e está em franco crescimento por causa de empresas como a Nova Moda, dona das etiquetas Jean Darrot e Gets, de jeans. A Nova Moda produz 1,7 mil peças por dia, 20% a mais do que no ano passado. "Em 2003 espero abrir as primeiras lojas fora do estado", diz Jânio Carlos Alves Freire, dono da Nova Moda.
Goiás é grande produtor de carnes e produtos agrícolas. A capital se beneficia dessa força. A Unilever está investindo 50 milhões de dólares numa antiga fábrica da Arisco em Goiânia para produzir derivados de tomate. Já o grupo Friboi, o maior frigorífico do país, investe 10 milhões de reais em Goiânia. "Nossa velocidade de abate passará a ser de Fórmula1, dobrando a produção", diz José Batista Júnior, presidente do Friboi.