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6 motivos para o otimismo renovado com a reforma da Previdência

O início do novo governo não parece corroborar os receios iniciais de choques sérios entre a equipe econômica liberal e outras alas

Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro (Andre Coelho/Bloomberg/Bloomberg)

João Pedro Caleiro

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 19h11.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 19h15.

Com as expectativas em alta, o mercado se aproxima de um período decisivo para a reforma da Previdência .

Os investidores veem sinais positivos para a aprovação do projeto, apesar de persistir a dúvida sobre como funcionará, na hora das votações, o relacionamento do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso.

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Fevereiro começará com os comandos do Congresso definidos e Bolsonaro tendo passado pela cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, abrindo caminho para que o governo envie a reforma ao Congresso tão logo ela esteja fechada pela equipe econômica.

A seguir, os pontos considerados para a melhora de expectativas:

1) A reforma pode ser ampla, com prazo de transição menor e economia na casa de R$ 1 trilhão em 10 anos, consideravelmente maior do que a desidratada proposta do ex-presidente Temer.

2) Embora ampliada, a reforma aproveitaria a proposta já aprovada em comissão durante o governo Temer, poupando prazos. Permanece incerto, contudo, como o governo integrará os itens da reforma ampliada - que incluiria a capitalização - na emenda que já está na Câmara.

3) Às vésperas da definição dos presidentes da Câmara e Senado, tudo indica que os eleitos serão alinhados às reformas. Na Câmara, Rodrigo Maia tem acumulado apoios de partidos. No Senado, disputa parece se concentrar no MDB, entre Renan Calheiros e Simone Tebet. Embora tenha apoiado os governos do PT, o senador alagoano vem sinalizando afinação com a agenda liberal de Bolsonaro.

4) Crise fiscal aguda em vários estados, incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, faz dos seus governadores aliados de Brasília na negociação da reforma. Mesmo estados que não enfrentam crises mais sérias defendem a reforma, como São Paulo, que tem João Doria como governador e Henrique Meirelles como secretário da Fazenda.

5) Início do novo governo não parece corroborar os receios iniciais de choques sérios entre a equipe econômica liberal e outras alas. Todos os sinais por ora têm sido de apoio do presidente a Paulo Guedes, embora esta convivência ainda esteja por ser testada por temas delicados como as privatizações e a própria inclusão dos militares na reforma. Na semana passada, Bolsonaro disse à Bloomberg que os militares entrarão "na segunda parte da reforma".

6) O partido do presidente, o PSL, já saiu das urnas como o segundo maior da Câmara, mas já teria se igualado ao PT, dono da maior bancada, após receber parlamentares de outras siglas.

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