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Quando foi a última vez que você fez sua equipe sorrir?

Não tenho dúvidas de que um bom ambiente de trabalho tende a fazer com que os profissionais trabalhem mais felizes e desempenhem melhor suas funções, e esse cenário reflete direta e positivamente nos resultados dos negócios

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 25 de maio de 2018 às, 07h00.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às, 07h00.

Pare um minuto, olhe para o seu time e identifique os profissionais que você NÃO gostaria de perder. Imagine agora um mês de trabalho sem a presença deles na equipe. Após esse rápido exercício, sugiro a seguinte reflexão: Quando foi a última vez que você bateu um papo com eles para entender se estão satisfeitos com o ambiente de trabalho e com a cultura da companhia? Você sabia que, de acordo com uma pesquisa da Robert Half, ambiente e cultura são os fatores mais valorizados por 56,2% (*) dos profissionais brasileiros, à frente de recompensas financeiras, como salários e bônus?

Não tenho dúvidas de que um bom ambiente de trabalho tende a fazer com que os profissionais trabalhem mais felizes e desempenhem melhor suas funções, e esse cenário reflete direta e positivamente nos resultados dos negócios. Não refiro-me a pessoas que trabalham rindo e brincando, mas sim àquelas engajadas, que vestem a camisa da empresa, são focadas em resultados e, por tudo isso, acabam liderando o restante do time pelo exemplo.

Gostaria de compartilhar sete sugestões que não exigem grandes investimentos financeiros e vão contribuir para criar um ambiente acolhedor e aumentar a motivação da equipe:

    1. Mantenha uma política de portas abertas – Forneça e peça feedbacks periódicos, fazendo com que os colaboradores se sintam confortáveis para manifestar ideias e preocupações.
    2. Incentive a paixão pela marca da empresa – Certifique-se de que todos os valores propagados pela empresa são colocados em prática da porta pra dentro. Incentive seus colaboradores a serem os principais embaixadores da marca da empresa.
    3. Valorize a saúde e o bem-estar – A relação entre programas de bem-estar físico e mental com a elevação das taxas de retenção de funcionários é real. Invista em ambientes decorados com criatividade, mesa de jogos, momentos de massagens, espaços para café, entre outras ações que contribuam para o relaxamento dos colaboradores.
    4. Reconheça o trabalho excepcional – Diante da conquista especial de um colaborador, reconheça o esforço pela ação, seja diante dos pares, em uma nota no boletim informativo da empresa, no quadro de avisos ou em outro canal interno de comunicação.  
    5. Crie um comitê de engajamento – Delegue a uma equipe a função de liderar atividades que estimulem a integração, como brainstorm para resolver problemas pontuais, reunião para compartilhamento de conhecimentos, palestras com profissionais convidados, encontros para atividades físicas, culturais e solidárias em grupo, etc.
    6. Ofereça oportunidades de desenvolvimento profissional – Programas de treinamento são excelentes estratégias de retenção. Enquanto os profissionais ganham em conhecimento, a empresa se beneficia com mão de obra qualificada e todos crescem.
    7. Tenha um propósito – Cada vez mais as pessoas têm buscado trabalhar em empresas que apresentem um propósito claro e que, em seus valores, mostrem na prática o que acreditam, com ação e emoção.

 

Cuide do profissional durante todo o ciclo de vida dele dentro da empresa, e isso inclui o processo de seleção. Assim, se algum dia, por alguma razão, ele decidir partir em busca de outras oportunidades, você terá a tranquilidade de ter feito o seu melhor como gestor ou empregador.

Uma dica: se esse dia chegar, não tente prendê-lo com contrapropostas. Em alguns casos, turnover zero pode ser sinal de falta de oxigenação de ideias.

Pense nisso!

* Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half

(*) Dados de pesquisa da Robert Half, realizada entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, com base na percepção de 9 mil profissionais de 11 países, sendo 1000 do Brasil.