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Por união com AT&T, Warner cogita medidas drásticas

Uma delas é a venda da Sky. Outra, mais drástica, é a interrupção da transmissão dos canais da Warner no Brasil

Mulher Maravilha: filme foi proibido no Líbano por histórico militar da atriz israelense  / Divulgação (Divulgação/Divulgação)
Mulher Maravilha: filme foi proibido no Líbano por histórico militar da atriz israelense / Divulgação (Divulgação/Divulgação)
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Primeiro Lugar

Publicado em 23 de agosto de 2017 às, 17h55.

Última atualização em 25 de agosto de 2017 às, 09h49.

São Paulo – Os advogados da operadora de telefonia AT&T e do grupo de mídia Time Warner já têm duas propostas para apresentar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e tentar conseguir que o órgão aprove a união das duas empresas. EXAME apurou que uma delas é a venda da Sky, operadora de TV por assinatura que é controlada pela AT&T no Brasil. Outra, mais drástica, é a interrupção da transmissão dos canais da Warner no Brasil.

A compra da Warner pela AT&T, anunciada em outubro de 2016, já foi aprovada em 16 dos 19 países necessários — faltam apenas Brasil, Chile e Estados Unidos. O Brasil é visto como um mercado complexo pelo fato de a AT&T controlar a Sky. No dia 21 de agosto, a superintendência-geral do Cade recomendou o veto à operação afirmando que, caso a transação seja aprovada, a Sky terá acesso às negociações feitas pela Warner com seus concorrentes, enquanto a Warner terá informações sobre a estratégia dos canais com os quais concorre.

Ambas as situações prejudicariam a livre competição no mercado, na avaliação da superintendência. Agora o caso será julgado pelo tribunal do Cade. De acordo com executivos próximos às empresas, quando o Cade começou a analisar a operação, em março, a empresa de telefonia Vivo e os grupos de mídia Discovery e Fox demonstraram interesse pela Sky.

A AT&T não comentou a estratégia e afirmou que a fusão “não gera impactos anticoncorrenciais”. A Vivo disse que não estuda comprar a Sky.