Primeiro Lugar
Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 11h32.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h10.
O banco de investimento BTG Pactual, principal assessor financeiro da operadora de telefonia Oi, não tem muitos motivos para comemorar a parceria. A empresa, como se sabe, é protagonista de um drama que parece não ter fim. Em janeiro, a empresa anunciou que a venda de sua operação em Portugal para a francesa Altice havia sido adiada. Com medo de que o negócio vá para o brejo, o mercado puniu a Oi — as ações caíram 14% em um dia. No ano, a desvalorização soma 34%. Desde a capitalização que “salvaria” a empresa, em abril do ano passado, a queda no valor de mercado supera os 70%. É aí que entra o BTG Pactual. Para fazer a capitalização dar certo, o BTG se dispôs a investir 610 milhões de reais em dinheiro dos sócios. De fato, a capitalização deu certo. Mas tudo depois deu errado, e as ações despencaram. O banco reconhecerá em seu balanço de 2014 um prejuízo de 350 milhões de reais com esse investimento. Se for incluída na conta a queda das ações em 2015, o prejuízo chegará a 450 milhões de reais. O BTG assessora a Oi tanto na venda dos ativos em Portugal quanto na possível compra de parte da italiana TIM. São operações que podem ajudar a melhorar as coisas para a Oi. E a diminuir o prejuízo dos sócios do BTG. O banco não comentou.