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Política externa do Brasil &

O que dirão os defensores da nossa atual “pragmatíssima” política externa sobre a notícia abaixo, publicada no UOL? Caro Obama, talvez a opção pelo afastamento dos EUA e proximidade com países anti-EUA faça parte do mui relativo conceito de “pragmatismo” do nosso Itamaraty… ¬¬ “Uma reportagem do jornal americano “The Wall Street Journal” afirma nesta quarta-feira que a política externa do Brasil “está decepcionando” o governo do presidente americano, Barack […] Leia mais

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Instituto Millenium

Publicado em 2 de dezembro de 2009 às, 18h13.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 13h15.

O que dirão os defensores da nossa atual “pragmatíssima” política externa sobre a notícia abaixo, publicada no UOL? Caro Obama, talvez a opção pelo afastamento dos EUA e proximidade com países anti-EUA faça parte do mui relativo conceito de “pragmatismo” do nosso Itamaraty… ¬¬

“Uma reportagem do jornal americano “The Wall Street Journal” afirma nesta quarta-feira que a política externa do Brasil “está decepcionando” o governo do presidente americano, Barack Obama.

Em uma reportagem que examina o que chama de “resistência às suas políticas (dos EUA) para a região”, o diário financeiro diz que a crescente influência brasileira e de outros países na América Latina é um “desafio” para Washington.

“Ao mesmo tempo em que permanece o principal ator na América Latina, o poder dos Estados Unidos é contido por vários fatores, incluindo a ascensão do Brasil como uma potência regional, a influência de uma facção de nações antiamericanas lideradas pela Venezuela e a demonstração de força da China, que enxerga os recursos latino-americanos como chave para o seu próprio crescimento”.

Entre os episódios que, segundo o artigo, puseram o governo Obama em desafino com a região estão Cuba, o uso de bases militares na Colômbia e a crise política em Honduras.

Nesta última, diz o “WSJ”, os países latino-americanos “se ressentiram” de seus laços históricos com os EUA e demandaram inicialmente uma definição de Washington sobre a deposição do então presidente Manuel Zelaya em Honduras.

Quando definiu sua posição, entretanto, os EUA se distanciaram de grande parte da América Latina, incluindo o Brasil.

“A divisão é um dedo na ferida das relações com a região”, sustenta o “WSJ”. “Washington ficou especialmente aborrecido com a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil como parte de um giro no qual também visitou a Venezuela e a Bolívia, e recebeu apoio para seu polêmico programa nuclear.” Para o jornal, “a ascensão do Brasil como potência hemisférica está se tornando um desafio e – em termos de política externa – uma decepção para o presidente Barack Obama, que, como George W. Bush, desenvolveu um relacionamento próximo com o carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

A reportagem avalia que “a América Latina está profundamente dividida entre nações pró-EUA, como México, Colômbia e Peru, e um bloco de países populistas que inclui Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Chávez às vezes também encontra aliados na Argentina e no Brasil”.

Na avaliação do “The Wall Street Journal”, outra razão para o menor peso dos EUA na região é a presença cada vez maior da China, que ‘está financiando a estatal brasileira de petróleo (Petrobras) em US$ 10 bilhões’.”