Por que as pessoas nas empresas não inovam
1. Não sabem como inovar – Uma grande transformação do modelo de inovação nas empresas tem sido a incorporação de uma abordagem estruturada nessa atividade. Não há mais espaço para empirismo, sorte ou azar, as empresas inovadoras são aquelas que usam método, ferramentas de gestão e um processo de inovação induzido. Se as pessoas não conhecem o processo ou dominam as ferramentas tem grande dificuldade por navegar pelos mares da […] Leia mais
Publicado em 21 de junho de 2016 às, 17h24.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h36.
1. Não sabem como inovar – Uma grande transformação do modelo de inovação nas empresas tem sido a incorporação de uma abordagem estruturada nessa atividade. Não há mais espaço para empirismo, sorte ou azar, as empresas inovadoras são aquelas que usam método, ferramentas de gestão e um processo de inovação induzido. Se as pessoas não conhecem o processo ou dominam as ferramentas tem grande dificuldade por navegar pelos mares da inovação.
2. Não sabem em que inovar – O senso comum acredita que a inovação é potencializada pela liberdade de pensamento das pessoas. Esse paradigma é parcialmente verdadeiro. Porém a prática mostra que há uma abordagem muito mais efetiva para fomentar inovação nas empresas. Em uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey (Innovation and Commercialization) apontou que aquelas empresas que formalizam as prioridades de inovação e uma estratégia bem deliberada tem resultados significativamente superiores que aqueles que não o fazem. Quando as pessoas sabem em que a empresa quer ser inovadora, elas podem aplicar sua criatividade e conhecimento de forma efetiva gerando projetos alinhados com a estratégia do negócio.
3. Não colaboram com outras pessoas – A inovação é um esporte de equipe. O gênio criativo inovador não cabe mais nas empresas. Existe uma necessidade de complementaridade de competências uma vez que o processo de inovação tem etapas que demandam competências como criatividade, adaptação durante os projetos, motivação para mudança, tolerância a incertezas, gestão de projetos e foco em resultado. Dificilmente um única pessoa será excelente em todas as fases. Falando exclusivamente da etapa de geração de ideias, segundo o pesquisador Steven Johnson, uma boa ideia é fruto da combinação de fragmentos de ideias de diferentes pessoas.
4. Não dedicam tempo – Qualquer tema organizacional é uma questão de prioridade. A motivação para inovar é fruto de enxergar propósito na atividade e do modelo de avaliação de desempenho aplicado. As pessoas precisam enxergar o porque dos esforços de inovação, sendo importante sensibilizar as mesmas da importância do tema para a sobrevivência e crescimento do negócio mas também que a inovação pode ser uma forma dela se destacar no contexto da empresa. O inovador será visto como aquele que fez algo inesperado, superando as expectativas de todos. Uma estratégia para “forçar” as pessoas dedicar tempo à inovação é montar uma agenda corporativa para tal, com workshops e eventos dedicados a exercitar as etapas do processo de inovação.
5. Não querem correr riscos – Tirar as pessoas da zona de conforto é um grande desafio das organizações. Inovar significa tentar algo diferente e, portanto, assumir riscos no desenvolvimento das novas ideias. Sem o suporte das lideranças e um modelo de avaliação de desempenho que reconhece e estimula a busca por novas ideias os colaboradores irão repetir estratégias de sucesso realizadas no passado.
Felipe Ost Scherer