Por que a saúde é prioridade para os moradores da Amazônia
Uma pesquisa com 1400 moradores da região deixou claro que essa é a área mais carente para a população
Rodrigo Caetano
Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 15h25.
Você sabe qual é a infraestrutura que as pessoas que vivem na região da Amazônia mais precisam? Se pensou em um desses megaprojetos como a construção de uma hidrelétrica ou de grandes rodovias, pensou errado. Três em cada quatro moradores da Amazônia Legal acham que a área mais carente em infraestrutura nos municípios da região é a saúde. Foi o que mostrou a pesquisa Decisores da Amazônia, realizada pela agência Ideia Big Data para o Instituto O Mundo que Queremos e para o Instituto Clima e Sociedade.
A pesquisa ouviu 1400 pessoas e evidenciou o abismo de infraestruturas básicas entre essa e as outras regiões do país. A pandemia já tinha deixado claro essa deficiência e, não por acaso, o estado do Amazonas foi o primeiro a colapsar. Além da falta de postos de saúde, insumos e profissionais, a região Norte também tem os piores números do Brasil em condições de higiene e saneamento básico e as respostas de quem mora lá mostram que a população sente muito essa carência. Portanto, não é uma surpresa que mais de 70% dos ouvidos pela pesquisa tenham falado justamente de saúde.
O que pode ser feito para resolver o problema? Atuando na região desde 1987, a ONG Projeto Saúde e Alegria pode dizer que conhece algumas respostas. Com um trabalho de mobilização social, a equipe do projeto traz as comunidades para o centro das decisões sobre os programas que implementa e, atualmente, atende cerca de 30 mil moradores de comunidades rurais de Santarém, Belterra, Aveiro e Juruti, no oeste do estado do Pará.
Uma das frentes prioritárias de atuação é justamente a saúde e o coordenador da ONG, Caetano Scannavino, é o convidado do quarto episódio do podcast Infraestrutura Sustentável, onde conversa com o diretor da rede de mais de 40 organizações, Sérgio Guimarães, sobre o assunto. Uma máxima que eles vivem repetindo dá o tom da conversa: “sem o social não se resolve o ambiental.” Quem vive na floresta concorda — 86% das pessoas ouvidas pela pesquisa também disseram que a preservação ambiental é condição fundamental para o desenvolvimento.
O episódio está disponível no site do GT Infra e também no Spotify.
Você sabe qual é a infraestrutura que as pessoas que vivem na região da Amazônia mais precisam? Se pensou em um desses megaprojetos como a construção de uma hidrelétrica ou de grandes rodovias, pensou errado. Três em cada quatro moradores da Amazônia Legal acham que a área mais carente em infraestrutura nos municípios da região é a saúde. Foi o que mostrou a pesquisa Decisores da Amazônia, realizada pela agência Ideia Big Data para o Instituto O Mundo que Queremos e para o Instituto Clima e Sociedade.
A pesquisa ouviu 1400 pessoas e evidenciou o abismo de infraestruturas básicas entre essa e as outras regiões do país. A pandemia já tinha deixado claro essa deficiência e, não por acaso, o estado do Amazonas foi o primeiro a colapsar. Além da falta de postos de saúde, insumos e profissionais, a região Norte também tem os piores números do Brasil em condições de higiene e saneamento básico e as respostas de quem mora lá mostram que a população sente muito essa carência. Portanto, não é uma surpresa que mais de 70% dos ouvidos pela pesquisa tenham falado justamente de saúde.
O que pode ser feito para resolver o problema? Atuando na região desde 1987, a ONG Projeto Saúde e Alegria pode dizer que conhece algumas respostas. Com um trabalho de mobilização social, a equipe do projeto traz as comunidades para o centro das decisões sobre os programas que implementa e, atualmente, atende cerca de 30 mil moradores de comunidades rurais de Santarém, Belterra, Aveiro e Juruti, no oeste do estado do Pará.
Uma das frentes prioritárias de atuação é justamente a saúde e o coordenador da ONG, Caetano Scannavino, é o convidado do quarto episódio do podcast Infraestrutura Sustentável, onde conversa com o diretor da rede de mais de 40 organizações, Sérgio Guimarães, sobre o assunto. Uma máxima que eles vivem repetindo dá o tom da conversa: “sem o social não se resolve o ambiental.” Quem vive na floresta concorda — 86% das pessoas ouvidas pela pesquisa também disseram que a preservação ambiental é condição fundamental para o desenvolvimento.
O episódio está disponível no site do GT Infra e também no Spotify.