Corinthians e Palmeiras: o último suspiro das bilheterias

Corinthians e Palmeiras lideram, quase que empatados (31.011 e 30.685, respectivamente), o ranking de média de público pagante na atual edição do Campeonato Brasileiro de Futebol. Mas ambos não priorizam mais suas vendas na tradicional bilheteria há tempos. Na mesma competição, em média, apenas 10% das vendas tem acontecido de forma presencial para os jogos do Palmeiras, enquanto 14% é o número do Corinthians.

O número alviverde é da FutebolCard, empresa que controla o Avanti, programa de sócio-torcedor do Palmeiras. A empresa aponta ainda que o recorde de 2016 aconteceu no clássico contra o Corinthians, em junho, quando apenas 2% do total de bilhetes comercializados ao público foram vendidos nos guichês.

Mesmo no Campeonato Paulista a proporção era de apenas um ingreso vendido presencialmente, enquanto outros três eram vendidos no online (25% de representatividade). “A torcida do Palmeiras já está adaptada com esse tipo de serviço já há algum tempo e sabe que adquirir pela internet é a forma mais prática e segura de garantir um lugar nos jogos”, explica Robson de Oliveira, presidente da FutebolCard.

O Corinthians chegou a ter, em 2015, 100% de seus ingressos vendidos no ambiente on line, ou seja, as tradicionais bilheterias sequer abriram. Isso, claro, também significa diminuição de custos para os clubes. E o crescimento do programa de sócios-torcedores dos clubes retrata, e explica, essa mudança de perfil.

O dois clubes também lideram nesse quesito. Enquanto o Corinthians ultrapassa 129 mil sócios, o Palmeira já está acima de 127 mil, de acordo com levantamento do Movimento Por um Futebol Melhor. Em tempo: O Internacional do RS é o 3º colocado nacionalmente tanto em média de público pagante (21.191), como em sócios-torcedores (mais de 112 mil). Do clube, contudo, o Esporte Executivo não recebeu resposta quanto ao pedido de informações sobre o percentual de vendas no online e presencialmente.

A venda online, assim como acontece em supremacia em eventos de melhor categoria para entretenimento e cultura, já é o presente do esporte. Cabe aos clubes liderarem essa evolução. E não é para melhorar a vida, apenas, de seus torcedores. Fica claro que melhorará, também, suas próprias vidas financeiras.