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Passageiros podem estar mais seguros no banco da frente, diz estudo

Instituto dos EUA analisa que passageiros do banco de trás têm mais chances de se machucarem do que os da frente

(Foto/Getty Images)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 29 de abril de 2019 às 16h37.

São Paulo - Um estudo realizado peloInstituto de Seguros para Segurança de Rodovias (IIHS), dos Estados Unidos , revelou que, em situações de risco dentro de um automóvel, o lugar mais perigoso para o passageiro estar é no banco traseiro do veículo.

Após investigar e analisar o cenário de 117 acidentes de carro, o Instituto percebeu que passageiros sentados nos bancos de trás possuem mais riscos de saírem machucados ou falecerem durante um acidente. O resultado da pesquisa contraria o senso comum de que quem se encontra na frente, está sempre mais exposto ao perigo.

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Um dos argumentos do Instituto é que os fabricantes de carro se empenharam tanto para melhorar a segurança dos passageiros que sentam nos bancos dianteiros - como a tecnologia do  airbag -, que a segurança traseira não recebeu a mesma atenção. O relatório notou que os cintos de segurança traseiros são menos eficientes e não possuem tanta eficácia para reduzir os ferimentos.

O presidente do IIHS, David Harkey, disse em uma declaração oficial: "Os fabricantes têm trabalhado bastante para melhorar a proteção de motoristas e passageiros no banco da frente. Nossas pesquisas sobre colisão dianteira e, mais recentemente, nossos testes de colisão dianteira para o motorista e passageiro da frente foram uma grande razão para tal avanço. Esperamos que a nova pesquisa possa estimular um progresso similar para o banco traseiro."

A investigação - que contou com o auxílio de fotografias, polícia, relatórios médicos, investigação do acidente e documentos de autópsia - revelou que, em diversos casos, os passageiros traseiros ficaram mais seriamente feridos do que os que ocupavam o banco da frente. Essa informação demonstra a diferença da segurança de uma posição para outra.

Além disso, também foi analisado que o tipo de ferimento mais comum, nesses casos, são os de ferimentos no peito, seguidos por machucados na região da cabeça.

A conclusão do relatório foca na necessidade de se remodelar a segurança dos bancos traseiros. Por exemplo, limitadores de força poderiam ser instalados, se inspirando nos modelos de cinto com airbag embutido presentes em carros como Mercedes-Benz e Ford , apesar de ser uma tecnologia complexa.

"Nós estamos confiantes que fabricantes de veículos podem encontrar uma maneira para desvendar esse quebra-cabeça no banco traseiro assim como eles foram capazes de fazer nos assentos dianteiros", disse Harkey.

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