Coronavírus: as pesquisas da Coreia do Sul sugerem que pessoas que se recuperaram do covid-19 não apresentam risco de transmitir a doença (Kevin Frayer/Getty Images)
Pesquisadores têm encontrado evidências de que pacientes que se recuperam, mas depois testam positivo novamente para coronavírus não conseguem transmitir a doença e podem ter anticorpos que impedem uma recaída.
Cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul estudaram 285 sobreviventes de covid-19 que deram positivo para coronavírus após a doença ter aparentemente sido superada, segundo indicado por resultado negativo anterior.
Os chamados pacientes “re-positivos” parecem não ter transmitido a infecção e as amostras de vírus coletadas não puderam ser cultivadas em cultura. Isso indica que os pacientes poderiam estar eliminando partículas virais não infecciosas ou mortas.
As descobertas divulgadas na segunda-feira são um sinal positivo para regiões que planejam reabrir as economias à medida que mais pacientes se recuperam da pandemia que infectou pelo menos 4,8 milhões de pessoas.
As pesquisas da Coreia do Sul sugerem que pessoas que se recuperaram do covid-19 não apresentam risco de transmitir o coronavírus quando as medidas de isolamento social são reduzidas.
Os resultados indicam que autoridades de saúde da Coreia do Sul deixarão de considerar pessoas que se recuperaram da doença com potencial de transmissão.
A pesquisa no mês passado mostrou que os chamados testes RT-PCR para o ácido nucleico do coronavírus não conseguem distinguir entre partículas virais mortas e viáveis, o que pode dar a impressão errada de que alguém que dá positivo para o vírus permanece infeccioso.
“Segundo os novos protocolos, nenhum teste adicional é necessário para casos que receberam alta depois do isolamento”, disse o CDC coreano em relatório.
Alguns pacientes com coronavírus testaram positivo novamente para o vírus até 82 dias após o contágio. Quase todos os casos para os quais foram feitos exames de sangue tinham anticorpos contra o vírus.