Cientistas descobrem anticorpos potentes contra novo coronavírus
Anticorpos conseguiram bloquear o coronavírus em camundongos e macacos-rhesus; testes não foram realizados em humanos
Tamires Vitorio
Publicado em 15 de julho de 2020 às 17h23.
Última atualização em 15 de julho de 2020 às 17h30.
Dois anticorpos humanos potentes e capazes de bloquear o novo coronavírus em camundongos e macacos-rhesus foram descobertos por cientistas dos Estados Unidos e da Alemanha.
O CoV2-2196 e o CoV2-2130, como são chamados os anticorpos, mostraram bons resultados tanto sozinhos quanto combinados contra a doença e conseguiram reduzir a carga viral, a inflamação no pulmão e a perda de peso em camundongos infectados. Nos macacos, por sua vez, os anticorpos foram capazes de impedir a contaminação pela doença.
Para os pesquisadores, "os resultados providenciam uma estrutura para o planejamento racional de vacinas e também para a seleção deimunoterapêuticos contra a covid-19." Os anticorpos humanos são mais facilmente adaptados para tratamentos ou vacinas do que os de animais, como os das lhamas, que estão sendo investigados.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature nesta quarta-feira, 15, e já passou por revisão de pares. O estudo ainda é pré-clínico e não foi testado em humanos.
O mundo tem 13.405.694 infectados pelo vírus e 580.552 mortes, segundo o monitoramento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, país que é, também, o epicentro da doença, com mais de 3 milhões de doentes e cerca de 137.000 óbitos. O Brasil é o segundo país no ranking de maiores infecções e tem 1.926.824 contaminados e 74.133 mortos.