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Mandetta não corrobora descontextualização feita por Bolsonaro sobre OMS

"O que eu entendi da posição da OMS é que há, sim, de se fazer essa consideração [econômica], mas sem abrir mão da ciência", diz o ministro

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(Brasília - DF, 15/10/2019) Palavras do Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.rFoto: Marcos Corrêa/PR (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

(Brasília - DF, 15/10/2019) Palavras do Ministro de Estado da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.rFoto: Marcos Corrêa/PR (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Da redação com Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de março de 2020 às, 18h28.

Última atualização em 31 de março de 2020 às, 21h50.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não corroborou a versão descontextualizada feita pelo presidente Jair Bolsonaro sobre as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do novo coronavírus.

Segundo Bolsonaro, o diretor-geral da OMS falou “praticamente” que os informais “têm de trabalhar” durante a crise causada pela pandemia, na mesma linha do que ele próprio tem defendido.

O argumento é que a crise causada pelo confinamento será mais prejudicial do que as mortes da doença. A mensagem deve ser reforçada pelo presidente em pronunciamento em cadeia nacional hoje à noite.

Mas, diferentemente do que o Bolsonaro sugere, no entanto, Tedros não faz nenhuma relação entre trabalho e medidas de isolamento.

O presidente não mencionou o contexto da declaração e omitiu trecho em que Tedros afirma que governos do mundo todo precisam garantir assistência a pessoas mais vulneráveis e informar sobre a duração das medidas de isolamento, sempre reforçadas por Tedros em suas entrevistas diárias.

"O que eu entendi da posição da OMS é que há, sim, de se fazer essa consideração [econômica], mas sem abrir mão em momento nenhum da ciência", disse Mandetta em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 31.

"O que ele fez são considerações, muito forçado pela situação da Índia, da África", disse o ministro, destacando que a OMS não dá "receita de bolo" porque seus membros têm características diferentes e o mesmo vale para a heterogeneidade dentro de um país.

"Nós conhecemos a Rocinha, nós conhecemos Paraisópolis, nós conhecemos nossos pontos fortes e nossos pontos frágeis", disse Mandetta.

O ministro destacou que é necessário o "máximo de distanciamento social neste momento" e que não serão feitas "medidas que sejam arriscadas para nosso povo."

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