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Gleisi confirma oposição do PT a Maia na Câmara e acena a Renan no Senado

"Rodrigo Maia é o candidato do governo, aliado com o PSL, apoia as pautas ultraneoliberais" diz a petista

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A senadora Gleisi Hoffmann (Flickr/Senado/Divulgação)

A senadora Gleisi Hoffmann (Flickr/Senado/Divulgação)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2019, 14h17.

Última atualização em 24 de janeiro de 2019, 14h20.

Brasília - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, deu sinalizações nesta quarta-feira (23) de quais devem ser as posturas do partido nas eleições para presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal no dia 1º de fevereiro.

Segundo a petista, a sigla vai se posicionar contra a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, enquanto que, no Senado, demonstrou inclinações para o lado de Renan Calheiros (MDB-AL), por suas "posições em momentos cruciais".

"Na Câmara, em relação à Presidência, nós sabemos com quem não vamos. Não iremos com o Maia. Rodrigo Maia é o candidato do governo, aliado com o PSL, apoia as pautas ultraneoliberais que vão tramitar no Congresso. Não iremos (com ele), estaremos do outro lado. Estamos conversando primeiro com os partidos da oposição mais firmes, de esquerda e centro e esquerda, para, após isso termos diálogo com outros partidos", disse.

Apesar das declarações da presidente do partido, parte dos deputados do PT defende que a legenda esteja, sim, ao lado de Rodrigo Maia. As negociações têm sido alvo de divergência.

Ainda assim, PT tem conversado com outros partidos de esquerda sobre um posicionamento conjunto. "Fizemos uma reunião ontem (terça-feira) muito boa entre o PSB, o PSOL e o PT e ficamos de trazer o PDT e o PCdoB, (vamos) convidá-los a participar. Eu, inclusive liguei para a Luciana (Santos, do PCdoB) e para o (Carlos) Lupi (PDT) no início da tarde", disse.

Questionada sobre a situação no Senado, Gleisi Hoffmann afirmou que o PT ainda não discutiu o cenário na Casa e nem os nomes que estão colocados na disputa. Ainda assim, a presidente do partido elogiou o que chamou de "posições cruciais" de Renan, possível candidato do MDB.

"No Senado, a priori, não se discutiu a questão da presidência. Então, não se colocou nada de restrição. Obviamente que não faremos nada com PSL. Com o núcleo duro do governo nós não faremos bloco", afirmou.

"O Renan, nos momentos que foram cruciais de luta pelos direitos, ele se posicionou. (Ele se posicionou) na questão da reforma da Previdência, na reforma trabalhista. Isso, para nós, é muito importante porque estes temas serão fundamentais na discussão da pauta econômica deste governo e não podemos deixar esses direitos retrocederem", acrescentou.

Gleisi voltou a reafirmar que, no Senado, tenta formar um bloco com o PSB, de Carlos Siqueira. Ela disse que as conversas "estão avançadas".

"Estamos conversando aqui (no Senado) para formar um bloco. Já conversamos com o PSB, uma conversa que está adiantada, vamos procurar o PROS também para formar um bloco, mas ainda não discutimos a questão de Presidência", contou.

A presidente do PT ignora, no entanto, que o PSB negocia a formação de um outro bloco com três partidos: o PDT, o PPS e a Rede Sustentabilidade.

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