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Gasolina sobe, Deltan retruca Temer, cochilo de Meirelles e mais

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Gasolina: o aumento poderá chegar a 50 centavos por litro, dependendo do posto (Ina Fassbender/Reuters)

Gasolina: o aumento poderá chegar a 50 centavos por litro, dependendo do posto (Ina Fassbender/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 21 de julho de 2017 às 19h39.

A reação ao aumento

Um dia depois do aumento de impostos anunciado pelo governo, o consumidor já está pagando mais caro para encher o tanque do carro. Muitos postos de gasolina repassaram para a bomba o reajuste anunciado ontem sobre o PIS/Cofins incidente sobre combustíveis. O aumento poderá chegar a 50 centavos por litro, dependendo do posto. A média de acréscimo de preço deverá ficar em torno de 40 centavos. No etanol, o aumento deverá ser de 15 a 20 centavos por litro. Em relação ao aumento, o presidente Michel Temer disse que entende a reação negativa das indústrias e que “aos poucos todos compreenderão, a Fiesp inclusive”. “É natural [haver] essas relativas incompreensões. A Fiesp sempre fez uma campanha muito adequada contra o tributo”, destacou, em rápida entrevista após a foto oficial da 50ª Cúpula do Mercosul, evento que ocorre em Mendoza, na Argentina.

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Deltan retruca Temer

Ao falar sobre o aumento de impostos cobrados sobre os combustíveis, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que “a população brasileira irá compreender” a medida. “A população vai compreender porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos”, afirmou o peemedebista. O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato e procurador do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, retrucou a fala do presidente. “É claro que os brasileiros vão compreender o aumento de impostos. Desviam 200 bilhões por ano praticando corrupção”, ironizou em sua página no Facebook. “Gastam mais do que devem inclusive via emendas milionárias para parlamentares a fim de comprar o apoio parlamentar para livrar Temer da acusação legítima por corrupção e agora querem colocar a conta disso tudo no nosso bolso”, disse.

Meirelles dorme no ponto

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não suportou a agenda política desta sexta-feira e dormiu durante um discurso do presidente Michel Temer (PMDB) na 50ª Cúpula do Mercosul, em Mendoza, na Argentina. Meirelles estava sentado ao lado do peemedebista quando começou a bocejar e fechar os olhos. O ministro ficou com a cabeça pendente enquanto tirava breves cochilos. Sem conseguir se manter acordado, tentou se endireitar na cadeira e tomou um gole de café da xícara que estava ao seu lado. Enquanto isso, Temer falava sobre metas traçadas por seu governo para recuperar a economia do Brasil e tratava da cooperação internacional entre os países-membros do Mercosul.

Crivella espanta empresários

O prefeito Marcelo Crivella causou espanto num evento realizado pelo Conselho da Câmara de Comércio e Indústrias dos Países da União Europeia na última quinta (20) no Rio. Segundo um interlocutor, o prefeito apresentou visões ultrapassadas, românticas e descoladas da realidade para investidores estrangeiros. Primeiro, Crivella explicou aos convidados que a miscigenação carioca começou com a “fornicação” entre portugueses e índias. Já ao explicar seus projetos sociais disse que viajou recentemente à Costa Amalfitana, na Itália, e que pretende fazer reformas que transformem a Rocinha e outras favelas em áreas parecidas com a região italiana. “Ninguém entendeu”, conta esse interlocutor.

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Receita menor em 2017

O governo diminuiu a previsão de receitas para este ano em 5,79 bilhões de reais. Entre os principais motivos da baixa está a frustração com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior, cuja estimativa inicial de arrecadação estava em 12,7 bilhões de reais. A previsão atual é de 2,9 bilhões de reais. O governo também deixou de contabilizar 2,9 bilhões de reais com dividendos de estatais e 3,1 bilhões com a venda de ativos, entre os quais o braço de seguros da Caixa, a Caixa Seguridade. O governo também reviu para cima a previsão de despesas em 4,6 bilhões de reais. Entre os principais motivos está a incorporação de perdas com o financiamento estudantil Fies, que somam 6,3 bilhões, e a previsão de gastos com a folha de pagamento de servidores, revisada em 1,4 bilhão de reais a mais.

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Petróleo: à espera da reunião

Os preços do barril de petróleo caíram mais de 2,7% nesta sexta-feira pressionados pela expectativa de aumento da oferta da commodity pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Os investidores aguardam os resultados da reunião em São Petersburgo entre os membros da Opep e outras nações produtoras na próxima segunda-feira que vai avaliar um acordo global sobre a redução da oferta e rever condições de mercado. Por aqui, as ações da Petrobras tiveram o pior desempenho do dia no Ibovespa. As ações preferenciais caíram 3,13%; e as ordinárias, 2,64%.

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Semana de queda na bolsa

Nesta sexta-feira, o índice recuou 0,39%, fechando em 64.684 pontos. Depois de subir 5% na última semana, o Ibovespa terminou nesta em queda de 1,17%. O início das férias no hemisfério norte e a instabilidade política restringiram o número de negociações. A maior alta do dia foi a da locadora de automóveis Localiza, que subiu 4,93% após divulgação de balanço que apontou alta de 31,9% nos lucros do segundo trimestre. Nas quedas, houve correção na petroquímica Braskem, que caiu 2,73% após nove pregões de alta. Depois de dois pregões, as ações da novata Carrefour fecharam no zero a zero, valendo os mesmos 15 reais da precificação original. O dólar teve uma semana de queda, recuando 1,38%, embora tenha tido alta de 0,45% na sexta-feira, cotado em 3,1408 reais.

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Venezuela fica

Não foi desta vez que o Mercosul tomou uma atitude mais incisiva contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro. Reunidos nesta sexta-feira em Mendoza, na Argentina, os chefes de Estado do Mercosul expressaram preocupação com a situação política, mas mantiveram a Venezuela no bloco. Conforme uma declaração divulgada pela chancelaria argentina, “os Estados-membros do Mercosul e os Estados associados de Chile, Colômbia e Guiana, assim como o México, reiteram sua profunda preocupação com o agravamento da crise política, social e humanitária na República Bolivariana da Venezuela”. A Bolívia não assinou o documento. O número de mortos em protestos contra Maduro chegou hoje a 103.

Spicer fora

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, demitiu-se do cargo na manhã desta sexta-feira. De acordo com o The New York Times, ele disse ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discordava da escolha de Anthony Scaramucci para diretor de comunicação do governo. Scaramucci é um empresário dono da SkyBridge Capital e colaborador do canal Fox News, cujo cobertura é mais favorável a Trump. Spicer atuava na linha de frente da tensa relação entre a Casa Branca e a imprensa, fazendo relatórios diários em Washington. Sarah Sanders, até agora porta-voz adjunta, assume o cargo.

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Palestina “congela”

O presidente da autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou que “congelou” os contatos com Israel em reação às medidas de segurança impostas por Israel na Cidade Velha de Jerusalém nesta sexta-feira, dia tradicional de orações. A polícia proibiu que homens com menos de 50 anos entrem no local, considerado sagrado por muçulmanos e judeus. A Cidade Antiga fica no setor palestino de Jerusalém e foi anexada por Israel sem reconhecimento internacional. Três palestinos morreram em protestos contra as forças de segurança de Israel.

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