Tóquio - O chanceler japonês, Takeaki Matsumoto, inicia nesta terça-feira uma viagem de dois dias na qual participará como convidado da cúpula do Mercosul no Paraguai e visitará o Brasil, onde se reunirá com seu colega no país, Antonio Patriota.

A agenda da visita, a primeira de um ministro de Relações Exteriores japonês à América do Sul desde 2008, começará amanhã em Assunção.

No foro do Mercosul, o ministro deve agradecer pelo apoio dos membros do organismo (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) ao Japão após o desastre de 11 de março e transmitir a ideia de que o país asiático é seguro para o investimento e o turismo, segundo indicaram representantes da Chancelaria à Agência Efe.

As mesmas fontes destacaram a importância de Matsumoto assistir à cúpula, à qual foi convidado em fevereiro pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, para reforçar as relações com os países desta região, da qual o Japão importou no ano passado 662,6 bilhões de ienes (5,797 bilhões de euros).

Em 2009, representantes do Mercosul e do Japão se reuniram pela primeira vez no Paraguai para fomentar o comércio bilateral e os investimentos, enquanto organizações privadas de ambas as partes solicitaram em várias ocasiões o início de negociações para alcançar acordos de cooperação econômica.

Na quinta-feira, Matsumoto seguirá para Brasília, onde manterá um encontro com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

A previsão é que a reunião fique centrada em temas como a cooperação econômica e a iniciativa estimulada pelas duas nações para a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

No ano passado, as exportações japonesas ao Brasil aumentaram quase 32%, a US$ 201,9 bilhões, enquanto as importações procedentes do país sul-americano cresceram 42,21%, a US$ 181,6 bilhões.

Além disso, o investimento japonês no Brasil aumentou 6,6%, a 374,5 bilhões de ienes (3,242 bilhões de euros).

Na quinta-feira, Matsumoto viajará a São Paulo para concluir sua viagem com uma reunião com representantes da comunidade de brasileiros de descendência japonesa, que soma 1,5 milhão no país sul-americano.