Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar nesta sexta-feira, 22, recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação que o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O tipo de recurso apresentado pelos advogados de Bolsonaro, os embargos de declaração, não tem poderes para alterar o mérito da decisão, mas pode fazer com que os ministros reconheçam erros ou contradições no acórdão do julgamento.

Os advogados do ex-presidente pedem que os ministros se manifestem sobre "o cerceamento de defesa" e do direito ao contraditório. Outro ponto pleiteado é que anulem provas "obtidas em violação ao devido processo legal".

Entre as pessoas que acompanham o andamento do processo de Bolsonaro no TSE vigora a interpretação de que somente uma "hecatombe" levaria os ministros a mudar de posição e acatar os pedidos da defesa. A votação dos embargos será feita no plenário virtual da Corte em julgamento com duração de seis dias.

Depois de analisados os embargos, a defesa do ex-presidente ainda pode recorrer do mérito da decisão de inelegibilidade. Porém, os ministros que vão julgar o eventual recurso são os mesmos que há menos de três meses tiraram Bolsonaro das próximas duas eleições.

Em junho, Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. O discurso foi transmitido ao vivo nas redes sociais e na TV Brasil. O placar foi de 5 a 2 para tornar o ex-presidente inelegível por 8 anos.

A avaliação do colegiado, conforme o voto do relator Benedito Gonçalves, é a de que Bolsonaro usou o cargo de presidente para espalhar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação, na tentativa de ter ganhos eleitorais, atacar o TSE e fazer 'ameaças veladas'. Para a Corte eleitoral, a conduta do ex-chefe do Executivo impactou diretamente o pleito.

Caso Bolsonaro esgote as chances de recursos no TSE, a sua defesa ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a inelegibilidade. A situação no plenário da Suprema Corte, contudo, não é mais favorável do que na Justiça Eleitoral. O ex-presidente possui apenas dois aliados fiéis no STF: os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

Créditos

Últimas Notícias

Ver mais
Não há debate sobre sucessão de Dino ou sobre desmembrar Ministério da Justiça, diz Padilha

Brasil

Não há debate sobre sucessão de Dino ou sobre desmembrar Ministério da Justiça, diz Padilha

Há 3 horas

'Não fui procurada, estou no Planejamento', diz Tebet sobre eventual ida à Pasta da Justiça

Brasil

'Não fui procurada, estou no Planejamento', diz Tebet sobre eventual ida à Pasta da Justiça

Há 3 horas

TSE inicia teste público das urnas eletrônicas para eleições do ano que vem

Brasil

TSE inicia teste público das urnas eletrônicas para eleições do ano que vem

Há 3 horas

Quanto ganha um ministro do STF? Veja quanto será o salário de Flávio Dino na corte

Brasil

Quanto ganha um ministro do STF? Veja quanto será o salário de Flávio Dino na corte

Há 5 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

ApexBrasil reúne investidores e governos em fórum no Itamaraty

ApexBrasil reúne investidores e governos em fórum no Itamaraty

Como a Suvinil tem reciclado o resto de tinta que você não usa

Como a Suvinil tem reciclado o resto de tinta que você não usa

Bastidores da produção sustentável do cacau viram série no Globoplay com Rodrigo Hilbert

Bastidores da produção sustentável do cacau viram série no Globoplay com Rodrigo Hilbert

Conheça o G10, conselho que reúne as maiores administradoras de condomínio de São Paulo

Conheça o G10, conselho que reúne as maiores administradoras de condomínio de São Paulo

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais