Negócios

Em teste, Walmart elimina caixas em loja para reduzir interações

A rede americana de varejo Walmart substituiu os caixas tradicionais por equipamentos de self check-out e incentiva o uso de outros serviços sem contato

Walmart: a companhia também está testando seu aplicativo de pagamento por aproximação, o Walmart Pay (Walmart/Divulgação)

Walmart: a companhia também está testando seu aplicativo de pagamento por aproximação, o Walmart Pay (Walmart/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 22 de junho de 2020 às 17h40.

Última atualização em 22 de junho de 2020 às 18h01.

O futuro dos supermercados está cada vez mais próximo. A rede americana de varejo Walmart substituiu os caixas tradicionais por equipamentos de self check-out em um mercado na cidade de Fayetteville, no estado de Arkansas, nos Estados Unidos. Assim, reduz a interação entre as pessoas, além de deixar o processo de compras mais rápido. 

Para aqueles que preferirem ainda será possível realizar as compras com a ajuda de um funcionário, que irá auxiliar o consumidor a realizar o self check-out. Caso a experiência com a nova ferramenta seja positiva, a novidade pode ser ampliada para outras unidades.

A companhia está testando seu aplicativo de pagamento por aproximação, o Walmart Pay, feito por meio do seu aplicativo. O delivery e a entrega na loja de itens comprados pela internet também estão sendo adaptados para ser feitos sem contato. O consumidor apenas abre o porta-malas do carro e um funcionário carrega as compras, sem a necessidade de assinar pela entrega.

O Walmart atingiu receitas de 134,6 bilhões de dólares no trimestre encerrado em abril, quase 11 bilhões de dólares mais ou alta de 8,6% em relação ao ano anterior.

O comércio eletrônico, assim como para outras varejistas, foi o principal destaque: as vendas online cresceram 74% no período, refletindo justamente o início do surto nos Estados Unidos. Desde o início da pandemia, o Walmart contratou 235.000 novos colaboradores para dar conta do aumento da demanda. 

Transformação digital no Brasil

No Brasil, a pandemia do novo coronavírus também acelerou a transformação digital das cadeias de supermercados.

A operação brasileira da rede de supermercados Dia havia encerrado seu e-commerce no país em maio do ano passado. Com resultados ruins no último ano e diretamente afetada pela queda nas vendas provocada pela covid-19, a companhia aposta na transformação digital de seu negócio para tentar voltar a crescer no país.

O mesmo aconteceu com o Grupo Big, ex-Walmart, a terceira maior rede de supermercados do país. Há um ano, a empresa controlada pelo fundo americano Advent e na época ainda usando a bandeira Walmart, anunciava a saída do comércio online, na contramão dos concorrentes.

A intenção era centrar esforços nas lojas físicas e reerguer a companhia. Mas, nesse meio tempo, eclodiu a pandemia e o projeto de volta ao varejo online teve de ser colocado em pé a toque de caixa. O plano é que 200 das 400 lojas sejam integradas ao varejo digital. Batizado de “Big em casa”, o projeto inclui dois tipos de delivery e um drive-thru e contempla as bandeiras Big, Bompreço, Big Bompreço, Nacional, Mercadorama, MaxxiAtacado e Sam’s Club.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusSupermercadosWalmart

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024