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B3

A B3 cai 10% desde o começo do ano; para o Safra, é oportunidade de compra

Mesmo em meio a volume de negociações ainda fraco e ruídos sobre concorrência, desconto de 50% em relação aos pares emergentes torna o papel atraente

 (Germano Lüders/Exame)
(Germano Lüders/Exame)
Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 12 de março de 2024 às 15:42.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 23:08.

Há poucas semanas, os analistas do Safra fizeram o upgrade dos papéis da B3, passando a recomendar a compra das ações. Em um novo relatório, divulgado nesta terça-feira, o time de Daniel Vaz reforçou por que o momento é ideal para entrar na empresa: se os rumores de competição e um volume mais fraco de negociação trazem algum pessimismo, o valuation atual e o ciclo macroeconômico fazem o contraponto.

De acordo com os analistas, a B3 hoje pé negociada com um desconto de 50% na métricas de preço/lucro em relação aos pares de mercados emergentes e de 41% em relação aos nomes de mercados desenvolvidos. São percentuais superiores à média histórica, de 37% e 32%, respectivamente.

"Ainda que continuemos a ver volumes de negociação menores no primeiro semestre e um fluxo de notícias em relação a novos concorrentes, reiteramos nossa visão positiva. Os fundamentos da B3 são sólidos, com um forte balanço, margens altas, distribuição de dividendos e boas perspectivas diante de um ciclo de alívio monetário", afirmam os analistas.

A companhia teve um início de ano mais devagar que o esperado, o que obrigou a equipe a rever as estimativas, cortando preço-alvo de R$19 para R$ 17 neste ano, por conta principalmente na redução de uma previsão menor de receita recorrente.

Mesmo assim, a B3 deve ter um CAGR de 9% entre 2023 e 2025 e tem um negócio gerador de caixa, com alta distribuição de dividendos para os acionistas. Hoje, a B3 negocia a R$ 12,74, uma alta de 2% por volta das 15h30.

"Com um upside de 35%, acreditamos que o valuation é atrativo considerando que é um play de valor com poder de recuperação de lucro para os próximos dois anos", afirmam.

Os principais riscos para tese são: um ritmo mais devagar de corte de juros, possíveis mudanças que podem limitar a distribuição de dividendos, resultados desfavoráveis em disputas legais e aumento da competição. 

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Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada pela Saint Paul, é repórter do Exame IN desde abril de 2022 e está na Exame desde 2020. Antes disso, passou por grandes agências de comunicação.

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