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Citi vê liquidação no varejo alimentar exagerada e dá compra para Carrefour e Assaí

Banco diz que aceleração das vendas deve ser gatilho para as ações, negociadas bem abaixo do Ibovespa; Mateus continua sendo o papel preferido

Varejo alimentar: vendas devem ser gatilho para ações do setor, segundo Citi (Filipe Araújo/Divulgação)
Varejo alimentar: vendas devem ser gatilho para ações do setor, segundo Citi (Filipe Araújo/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

4 de julho de 2024 às 10:07

A aceleração das vendas vai impulsionar as ações de varejo alimentar, segundo o Citi. O banco aumentou a aposta no setor e deu upgrade para as ações do Assaí e do Carrefour para compra, além de manter a recomendação de compra para o Grupo Mateus.

Para os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo, há uma “liquidação” exagerada dos papéis do setor na Bolsa. Assaí, Carrefour e Mateus tiveram um desempenho amplamente inferior ao Ibovespa, com quedas de 19,2%, 16,3% e 5,9%, respectivamente, contra uma alta de 1% do índice.

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Parte desse desempenho, avaliam os profissionais do Citi, se deve à percepção de maiores despesas financeiras devido a juros mais altos por mais tempo (higher for longer).

No segundo trimestre, a sinalização das companhias foi de que o período foi volátil, com abril mais fraco e maio forte.

De olho na aceleração das vendas como gatilho, o Citi elegeu o Carrefour como a perspectiva mais otimista em relação a vendas em mesmas lojas no curto prazo. Na conferência do banco na semana passada, a empresa mencionou uma inflação de alimentos acelerada com alguma recuperação de volume.

No entanto, considerando as despesas financeiras, o banco espera um impacto maior na última linha. Por isso, apesar de elevar de neutro para compra, o preço-alvo passou de R$ 13,5 para R$ 13, o que daria um prêmio de 34,9% em relação ao fechamento de quarta-feira.

O Assaí, segundo os analistas, se mostrou mais conservador para o desempenho de abril a junho, indicando tendências de vendas mais estáveis em comparação com o primeiro trimestre deste ano. O time também espera que o lucro líquido seja menor em 2024, 2025 e 2026 do que previam por causa das despesas financeiras, mas que o Ebitda se mantenha conforme projetado. O preço-alvo passou de R$ 15 para R$ 15,50, um potencial de valorização de 47,6%.

Mas, mesmo com os upgrades, a principal escolha da dupla de varejo e consumo do Citi continua sendo o Grupo Mateus, “devido às suas maiores perspectivas de crescimento da receita de médio prazo e melhoria no ROIC”. O preço-alvo foi revisado de R$ 9,5, para R$ 9,7, um potencial de ganho de 38,9% sobre o último fechamento.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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