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É possível antecipar o futuro do mercado?

O 1º de maio relembra a evolução das conquistas e suscita importantes reflexões sobre o futuro do mercado

Pessoa tocando em tela: veja importantes reflexões sobre o futuro do mercado (d3sign/Getty Images)
Pessoa tocando em tela: veja importantes reflexões sobre o futuro do mercado (d3sign/Getty Images)

Em alguns países o feriado se chama Dia do Trabalho, em outros, utiliza-se o Dia do Trabalhador. Seja qual for o nome, a data é comemorada praticamente no planeta inteiro com o intuito de relembrar a importância dos direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo da história. Ao lado das conquistas, sempre existirá também algum temor no que se refere ao futuro do trabalho. 

Recentemente, a Robert Half realizou um levantamento em seu perfil no Linkedin, que contou com a participação de 1.604 trabalhadores, para identificar as tendências que devem moldar o mercado de trabalho no médio e longo prazo. Na percepção dos profissionais, o futuro do trabalho já chegou e está sendo moldado pelas tendências de:

- Inteligência Artificial – 39% 

- Presencial x Híbrido x Remoto – 35% 

- Saúde mental – 20% 

- Contratação por projeto – 5% 

É curioso observar que os três primeiros pontos talvez não alcançassem tanto destaque se a enquete fosse realizada cinco anos atrás. A pandemia e a transformação digital são determinantes para entender os anseios e os temores dos profissionais com relação ao presente e ao futuro. 

Dada a velocidade das mudanças do mundo contemporâneo, porém, sugiro olhar para essas tendências não como uma fotografia, que mostra uma imagem estática e completa, mas como um filme. O que vemos hoje está em movimento, sujeito a reviravoltas constantes. 

Como se preparar para o futuro 

Embora não seja possível cravar como será o trabalho nos próximos anos, há alguns requisitos que são relevantes para profissionais e empresas em qualquer contexto. Investir neles é indispensável para se manter competitivo no mercado. 

Selecionei, a seguir, as medidas que acredito serem essenciais para garantir tanto uma carreira sólida e ascendente quanto uma organização atraente e admirada, sejam quais forem as condições de temperatura e pressão.  

Para as empresas, é fundamental: 

- oferecer algum grau de flexibilidade nos horários e modalidades de trabalho, entre outros aspectos. Ter autonomia e liberdade para equilibrar bem as esferas pessoal e profissional é uma prioridade para grande parte dos trabalhadores; 

- cultivar um ambiente saudável e com diversidade, no qual todos se sintam respeitados, valorizados e seguros para encarar novos desafios, suscetíveis a erros; 

- assegurar perspectivas de crescimento, exercendo uma gestão parceira e transparente, que estimule todos a darem o seu melhor visando uma evolução ao longo do tempo. 

Para os profissionais, é indispensável: 

- investir na educação continuada, aprimorando habilidades atuais e adquirindo novas, com foco em soft e hard skills, já que ambas fazem toda a diferença para crescer na carreira; 

- cuidar das tech skills, mesmo sem atuar diretamente na área de TI. Todos os departamentos precisam se manter atualizados e saber utilizar as novas ferramentas que contribuam para a produtividade no dia a dia; 

- apostar na fluência em inglês, que ainda é um diferencial pouco encontrado no mercado brasileiro, apesar de ser um ponto de partida para voos mais altos e ousados. 

Um horizonte com desafios e imprevistos é inevitável para organizações e profissionais, independentemente de sua experiência ou de seu sucesso até aqui. A história mostra que tudo pode mudar a qualquer momento. Manter-se interessado no próprio crescimento e interessante para o mercado é a melhor solução, sempre.

Aqui, neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks. 

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar