Exame.com
Continua após a publicidade

Creator Economy: as celebridades que estão moldando o mundo dos negócios

Segundo levantamento do Youpix e AlgoritmCOM, 71% das grandes empresas consideram os influencers parte importante da estratégia de marketing

Creator Economy nada mais é do que a capitalização do trabalho de um criador de conteúdo (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
Creator Economy nada mais é do que a capitalização do trabalho de um criador de conteúdo (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
R
Rapha Avellar

Publicado em 16 de novembro de 2021 às, 17h18.

Há um tempo que as marcas perceberam o imenso potencial de apostar em criadores de conteúdo para promover as suas soluções. Segundo um levantamento do Youpix em parceria com a AlgoritmCOM, 71% das grandes empresas consideram os influencers parte importante da estratégia de marketing. Ou seja, a grande maioria já entendeu o valor que  esses creators agregam. Não à toa, ultimamente temos ouvido falar muito sobre a Creator Economy que, nada mais é do que a capitalização do trabalho de um criador de conteúdo, seja fazendo lives, gravando stories ou até mesmo escrevendo um texto mais complexo. 

Mas, para além disso, esse termo é dado também aos inúmeros negócios construídos por por esses criadores independentes, que monetizam o próprio trabalho por meio das redes sociais, com suas habilidades de comunicação e de produção de conteúdos e, claro, de novos negócios. 

Você já deve ter visto em meus artigos anteriores que há algum tempo tenho chamado a atenção para o poder que esses creators tem nas mãos e como isso é uma arma poderosa para as marcas que souberem se conectar genuinamente com essas personalidades, principalmente as marcas nativas digitais. Mas, o que as DNVBs tem a ver com isso? Bom, para começar esse modelo de negócio está causando uma enorme revolução no mercado. As marcas nativas digitais, como são chamadas, estão escrevendo uma história muito diferente para o mundo, porque entenderam que o que faz uma empresa ter sucesso de fato, é a obsessão pelo foco no cliente.

O que as diferencia de qualquer marca tradicional, não é só atender o consumidor com excelência, mas saber muito bem qual o caminho das pedras para entender as suas expectativas. O mundo online é o universo dos consumidores de hoje e tudo está lá, ou melhor dizendo, “aqui”, na palma das nossas mãos, no conhecido celular. E toda essa movimentação gera uma  quantidade gigantesca de dados que podem ajudar as empresas a compreender melhor o seu público de interesse. E isso, está cada vez mais claro para todos. Entretanto, o que talvez ainda não esteja muito explícito seja a grande oportunidade que temos a partir disso. Esse é o ponto que separa uma nativa digital de uma empresa comum. 

As DNVBs já entenderam o poder dos dados e, por isso, não perdem nenhuma chance de coletar cada vez mais informações sobre esses consumidores. E, para encurtar esse caminho, essas empresas perceberam que é uma grande sacada explorar a estratégia de investir em criadores de conteúdo. Isso porque eles têm um canal direto com as suas comunidades e são capazes de colher uma enorme quantidade de informações com pesquisas simples. Além disso, nas nativas digitais, os creators têm o poder de influenciar a escolha de um produto ou serviço. Para se ter uma ideia, o Brasil está entre os top 4 dos países em que o poder de decisão e escolha de um produto ou serviço é baseado no endosso de celebridades e criadores de conteúdo. 

E precisamos deixar uma coisa clara: nós estamos vivenciando o “futuro” do marketing de influência. As marcas não estão buscando apenas um criador de conteúdo que promova a sua empresa, mas sim um parceiro de negócios. Porque sabem o potencial dessas comunidades. E, para além disso, os creators passaram a olhar para essas nativas digitais como uma oportunidade de monetizar sua relevância e engajamento nas redes e estão criando marcas próprias. Como por exemplo, o case da Kylie Jenner com sua linha de cosméticos vendida para a Coty Inc.

O Gian Martinez, da Winnin, foi muito certeiro em uma frase que falou recentemente em um evento: “As marcas que não se tornarem criadoras de conteúdo vão competir com criadores de conteúdo que se transformarão em marcas”. Ele não podia estar mais certo! Os negócios vencedores necessariamente serão aqueles que se conectarem de forma autêntica com o seu público e entenderem de fato as suas necessidades e expectativas. 

Para isso, é fundamental estar bem atento ao mercado, mas sempre de olho no que funciona para a sua marca. De nada adianta fechar uma parceria com determinado criador de conteúdo só porque ele tem milhares de seguidores, se os valores dele não forem os mesmos da sua empresa. Nesse caso, cada detalhe importa e precisa ser muito bem avaliado. O fato é que precisamos entender que o mundo está mudando constantemente. O que era importante ontem, hoje já não é mais, e a fórmula que deu certo ontem, atualmente não funciona mais. Assim, é essencial que a gente reveja e desconstrua qualquer prática que antes tínhamos como infalível e fiquemos sempre atentos ao que vem por aí!

Sobre Rapha Avellar

Rapha Avellar é um empreendedor em série e fundador da Adventures, primeira Brandtech da América Latina e uma das mais promissoras startups do país, que está criando o maior ecossistema de marcas nativas digitais das Américas. Antes disso, criou uma das empresas de mídia de crescimento mais rápido no Brasil antes da Adventures e levou a empresa da família de uma receita de R$ 3 milhões para R$ 30 milhões em 5 anos. Líder nato, comanda mais de 300 pessoas na Adventures e tem um histórico impressionante em negócios de crescimento rápido, acumula mais de 500 mil seguidores e milhões em alcance mensal em todas as mídias sociais, sendo um dos líderes mais influentes em marketing e empreendedorismo de sua geração. Além disso, conta com mais de 1 milhão de plays em seus podcasts, The CMO Playbook e Nas Trincheiras.