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Em programa de entrevistas da Reserva, Camila Farani revela que foi “infeliz demais” como executiva

Uma das dez participantes da nova temporada do Limonada, a investidora está envolvida com mais de 45 startups que movimentam cerca de R$ 3,7 bilhões por ano

APRESENTADO POR OFICINA RESERVA

Construtores de soluções. Transformadores de limões em limonadas. Eis o público-alvo da marca que o grupo Reserva lançou em 2018, a Oficina Reserva. Conhecida pelas peças sem estampas ou símbolos e pela evidente aposta no minimalismo, a grife é voltada, conforme diz seu manifesto, “para os que ignoram as dificuldades porque amam o que fazem” e “para os que empreendem seus sonhos e propósitos”.

É para aqueles que “arregaçam as mangas e abrem caminho para o futuro. Sem reclamar de nada”, continua o manifesto. “Eles nos inspiram e nos movem a fazer melhor. Todos os dias”. Termina da seguinte forma: “É para pessoas como eles que fazemos a marca. Para gente que vai lá e faz”.

Limonada: nova temporada

A Oficina Reserva foi lançada com a ajuda do Limonada, programa de entrevistas em vídeo da Oficina Reserva. Bernardinho, Luciano Huck, Eduardo Mufarej, do RenovaBR, e Gustavo Caetano, fundador da Sambatech, foram algumas das personalidades que participaram da primeira temporada. O objetivo do programa é dar o devido destaque para empreendedores que dispensam apresentações. Todos os convidados, via de regra, são construtores de soluções e transformadores de limões em limonadas.

É o caso de Camila Farani, uma das dez participantes da nova temporada do Limonada, produzida em parceria com a EXAME. Apresentador da nova leva de episódios, o editor Ivan Padilla conversou com Camila, Alex Atala, Luiza Helena Trajano, Edu Lyra, Dilma Campos, Fernanda Ribeiro, Diogo Roberte, Gustavo Cerbasi, João Adibe Marques e Facundo Guerra. Todas as entrevistas podem ser assistidas, na íntegra, livremente.

Sócia-fundadora da butique G2 Capital, Camila está envolvida, atualmente, com mais de 45 startups que movimentam cerca de R$ 3,7 bilhões por ano. No que dependesse de sua família, no entanto, ela teria virado juíza. Foi o que contou no início de sua participação no Limonada. “Comecei a trabalhar na tabacaria da minha mãe e logo depois fui cursar direito, pois queriam que eu virasse juíza”, revelou. “Mas no meio da faculdade descobri que direito não era o que eu queria.”

Como tudo começou Quando estava com quase 20 anos, ela se deu conta de um boom de cafés gelados — a Starbucks, na época, abria uma loja a cada 4 horas. Daí para convencer a mãe a incluir cafés gelados no cardápio da tabacaria foi um pulo.

Com a novidade, o negócio se tornou altamente lucrativo. “Eu tinha, então, 21 anos de idade e comecei a pensar em como multiplicar o que estava ganhando”, recordou. “Não quis sair gastando. Porque não adianta: se você ganha R$ 1 milhão e gasta R$ 1,2 milhão, vai continuar onde você está, e, ainda por cima, endividado”.

Aos 27 anos, ela investiu tudo que havia juntado até então — R$ 280 mil — na Farani Deli Café. Que, depois de altos e baixos, passou a se chamar Farani Fresh Food. Na definição da empresária, era uma espécie de Spoleto das saladas.

“Começou a ter fila na porta e o breakeven veio no quinto mês”, disse. “No sexto mês, o presidente do Mundo Verde me procurou e disse o seguinte: 'ou você vem trabalhar comigo ou eu vou te engolir'. Daí virei diretora executiva da vertical de alimentação saudável do grupo. Fiquei lá por dois anos.”

Empreendedora nata

Como foi a experiência como executiva? “Infeliz demais”, admitiu Camila. “Quer deixar uma empreendedora que gosta do operacional infeliz? Obrigue-a a passar o dia sentada analisando indicadores. Não é para mim. Você precisa descobrir que tipo de empreendedor você é.”

Encerrados os vínculos com o Mundo Verde, ela se converteu em investidora-anjo. Virou investidora-associada do Gávea Angels, depois assumiu a vice-presidência da entidade e, em seguida, a presidência.

Qual é sua maior qualidade como empreendedora? “A ousadia”, respondeu, sem pestanejar. “Aquela atitude de ‘vamos fazer até dar certo’”. Camila também citou a capacidade de se conectar com a história dos empreendedores nos quais investe. “Porque por trás de todo CNPJ tem um CPF, não é?”, argumentou. “E se o CPF não é bom, o CNPJ também não vai ser”. Assista, a seguir, ao episódio dela na íntegra.

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