No BTG, mais um trimestre de recordes
Lucro e receita chegaram ao maior patamar histórico, puxados pela franquia de clientes
Natalia Viri
Editora do EXAME IN
Publicado em 8 de novembro de 2023 às 07:38.
Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 17:34.
Seguindo uma sequência de resultados fortes num ano turbulento, o BTG (do mesmo grupo que controla a Exame) entregou lucro e receitas recordes no terceiro trimestre – mantendo um bom patamar de captação de net new money, na contramão do mercado.
A última linha do balanço ficou em R$ 2,7 bilhões, 19% maior que o mesmo período do ano passado. A receita subiu na mesma magnitude, chegando a R$ 5,7 bilhões, com retorno sobre o patrimônio de 23,2%, alta de 1,2 ponto percentual.
O faturamento aumentou em todas as áreas na comparação anual, com destaque para o investment banking – que voltou a crescer, puxado pela área de DCM, que bateu recorde para um trimestre em meio à volta das operações de dívida após um começo de ano marcado pela crise de Americanas e Light.
O avanço foi puxado pela franquia de clientes, com as receitas de sales and trading desacelerando após um pico no segundo trimestre deste ano e voltando ao patamar do primeiro tri.
As despesas ficaram praticamente estáveis no período, em linha com o movimento de alavancagem operacional que o BTG vinha sinalizando ao mercado.
O banco captou R$ 59 bilhões em net new money, mantendo o mesmo patamar do trimestre anterior – adicionando R$ 232 bilhões nos últimos doze meses, um período desafiador, marcado por volatilidade no mercado e saques na indústria de fundos como um tudo.
Na área de asset management, a captação líquida foi de R$ 28 bilhões, o maior nível do ano, puxado por puxado por produtos de renda fixa e alternativos. No wealth, a adição foi de R$ 31,3 bilhões, com banco sinalizando no release “uma maior contribuição das iniciativas do varejo de alta renda”.
A carteira de crédito cresceu 24% na comparação anual, chegando a R$ 161 bilhões, impulsionada também pela volta dos empréstimos para pequenas e médias empresas. Com a crise de crédito do primeiro trimestre do ano, o BTG tinha reduzido as concessões para esse perfil de cliente, mas voltou a acelerar com a normalização do mercado. A inadimplência ficou estável.
O índice de Basileia ficou em 17,4%, alta de 2 pontos percentuais, após uma emissão de dívida subordinada de R$ 3,5 bilhões que fortaleceu o balanço.
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Natalia Viri
Editora do EXAME INJornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.