Logo Exame.com
ExclusivoVarejo

Petz lança piloto de ‘atacado pet’ de olho na classe C

Replicando modelo que se consagrou no varejo alimentar brasileiro, nova unidade na Marginal Tietê, onde nasceu o grupo fundado por Sérgio Zimerman, terá nova marca e proposta mais agressiva de preços

Atacado Pet: Unidade de mil metros quadrados será inaugurada no próximo sábado (17) (Petz/Divulgação)
Atacado Pet: Unidade de mil metros quadrados será inaugurada no próximo sábado (17) (Petz/Divulgação)
Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 15:30.

Última atualização em 12 de agosto de 2024 às 15:56.

Em meio à fusão com a Cobasi e um ambiente cada vez mais competitivo, a Petz está apostando num novo modelo de loja de ‘atacarejo’, de olho em aumentar sua presença nos consumidores de classe C.

Batizada de Atacado Pet, a loja piloto ficará na Marginal Tietê em São Paulo, no mesmo prédio onde nasceu a Pet Center Marginal, unidade que deu origem ao grupo que hoje tem mais de 240 unidades e faturou R$ 3,8 bilhões no ano passado.

SAIBA ANTES: Receba as notícias do INSIGHT no Whatsapp

“No modelo tradicional da Petz, buscamos muito o produto e experiência mais premium, par atender um cliente mais exigente. Acreditamos que tem uma fatia de mercado em atuamos pouco, que é para o consumidor apaixonado pelo animalzinho dele, que quer mimá-lo, mas tem uma limitação de renda”, afirma Rodrigo Cruz, vice-presidente de varejo e operações da Petz.

Inaugurando no segmento de pets um modelo que se consagrou no varejo alimentar brasileiro, a proposta é ter descontos mais agressivos, na casa de 25% a 40%, e um sortimento voltado para cães e gatos. Apesar do nome, os gatilhos de volume para desencadear descontos não devem ser elevados, se aproximando mais do atacarejo: em itens de sacaria, como rações, por exemplo, a compra do segundo pacote já deve ser suficiente para capturar preços menores, diz o executivo.

O foco será em categorias-chave, como alimentação farmácia, higiene e limpeza, e também com alguma oferta em acessórios com preços mais de entrada.

A unidade contará ainda com um outlet num formado ‘store-in-store’ com itens de marca própria da Petz ou de outros fabricantes fora de linha com descontos expressivos, acima dos 50%.

Uma diferença relevante em relação ao modelo de atacarejo alimentar será o sortimento, afirma. “Não queremos ter oferta de duas, três, quatro marcas em cada categoria. Queremos ter um sortimento amplo e competente, alavancando nossa posição como um dos líderes de mercado.”

A loja de mil metros quadrados, será inaugurada no próximo sábado (17) e ficará próxima a outra loja da Petz, que foi reformulada no fim do ano passado e passou a ocupar um espaço menor.

A nova marca não terá relação com a Petz – nem sequer na identidade visual – e, assim como no atacarejo alimentar será mais austera e sem oferta de serviços.

Num momento em que o mercado está preocupado com a rentabilidade do varejo pet – pressionada pela concorrência acirrada, especialmente com marketplaces –, Cruz afirma que é natural que o novo modelo tenha mais pressão de margem bruta.

Mas o volume mais elevado de compra e a estrutura de custos mais enxuta devem compensar esse efeito.

“É um projeto olhando escala e um novo mercado, que ainda não atendemos da forma que achamos que deveríamos”, diz Cruz, ressaltando que se trata de um projeto-piloto.

“Temos um time multidisciplinar olhando muito de perto sortimento, comportamento do consumidor, e o que pode ganhar terreno e ser replicado. Se percebemos que esse modelo não escala, seremos ágeis para voltar atrás”, destaca.

Dentro da fusão com a Cobasi – que ainda está em fase de due diligence – uma das grandes preocupações do mercado é a eventual canibalização de vendas de lojas das duas empresas que operam próximas, especialmente região da Grande São Paulo.

Nesse sentido, se prosperar, um novo formato, voltado a um público distinto, poderia ser, em tese, uma maneira de endereçar em parte a questão.

O diretor de negócios novos afirma que não há um mapeamento de lojas da Petz que eventualmente poderiam ser convertidas no novo formato. “Não chegamos nesse estágio ainda”, diz. A loja piloto tem mil metros quadrados, é um tanto maior que a média das unidades de Petz, mais próximas dos 700 a 800 metros quadrados.

Segundo o executivo, não há conversas com a Cobasi a respeito da estratégia. Ainda sem um acordo definitivo sobre a fusão, a operação ainda depende da assinatura final do contrato – prevista, de acordo com a companhia até meados de setembro –, além da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A expectativa da própria Petz é que a transação passe por rito ordinário, que pode levar entre seis e nove meses para aprovação.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

Continua após a publicidade
Líder em whey protein no Brasil, Supley vai às compras para ganhar mais musculatura

Líder em whey protein no Brasil, Supley vai às compras para ganhar mais musculatura

Azzas faz simplificação de portfólio e dá adeus a Alme, Dzarm, Reversa e Simples

Azzas faz simplificação de portfólio e dá adeus a Alme, Dzarm, Reversa e Simples