Nelson Kaufman volta ao comando da Vivara
Fundador estava há mais de uma década fora do comando e vai substituir o sobrinho Paulo Kruglensky
Raquel Brandão
Repórter Exame IN
Publicado em 15 de março de 2024 às 20:28.
Última atualização em 15 de março de 2024 às 21:58.
Fundador e maior acionista, Nelson Kaufman está de volta ao comando da Vivara. Paulo Kruglensky, que é da família e estava como CEO da joalheria desde fevereiro de 2021 renunciou nesta sexta-feira, 15, “para se dedicar a projetos pessoais”, de acordo com a nota publicada pela empresa.
Pessoas ouvidas pelo INSIGHT apontam, no entanto, que a decisão gerou conflito no conselho, com a escolha de Nelson Kaufman motivando ameaças de renúncia.
A ata da reunião, presidida por João Cox Neto, presidente do conselho, aponta que os conselheiros deliberaram, por maioria, sem quaisquer restrições ou ressalvas. Kruglensky e a prima, Marina Kaufman, são representantes da família no conselho.
Aos 71 anos, Kaufman já tinha deixado a gestão da empresa há pouco mais de uma década. Seu filho, Marcio Kaufman, havia ocupado o posto de CEO durante esse período, mas foi substituído pelo primo, Kurglensky, cerca de dois anos após o IPO.
Em 2023, após um novo acordo de acionistas, Marcio passou a reduzir sua participação na empresa e transferiu, à época, 5% de sua fatia ao pai, com quem tinha problemas de relacionamento.
Desde 2020, Marcio passou de 20% do capital social para 2% das ações. Enquanto isso, seu pai e sua irmã, Nelson e Marina Kaufman, chegaram a 24,65% e 14%. Kruglensky completa a participação da família no negócio, com 4% da bae acionária.
A volta do fundador, diz a empresa, “tem o propósito de dar continuidade aos caminhos que a Vivara tem trilhado desde 2019, com o IPO, além de resgatar e solidificar as bases que trouxeram a empresa até aqui.”
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Raquel Brandão
Repórter Exame INJornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado