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Energia

Equatorial vende linha de transmissão por R$ 714 milhões

Com endividamento elevado, estratégia é reciclar capital; empresa busca sócio para todo seu negócio de transmissão

Leilões de energia: 20 anos de transformações no setor elétrico brasileiro. (Ueslei Marcelino/Reuters)
Leilões de energia: 20 anos de transformações no setor elétrico brasileiro. (Ueslei Marcelino/Reuters)

Publicado em 1 de novembro de 2023 às 11:19.

Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 17:42.

A Equatorial acaba de anunciar a venda da Intesa, dona de uma linha de transmissão que une Belém e Brasília, para uma empresa controlada pelo fundo de pensão canadense da CDPQ.

O ativo foi avaliado em R$ 714 milhões, incluindo dívida. A fatia em equity pode chegar a R$ 396 milhões. Desse total, R$ 319 milhões serão pagos no fechamento da operação e o restante está sujeito a cláusulas de desempenho.

Essa é a primeira venda de uma ativo de transmissão por parte da Equatorial. Num momento de endividamento elevado e juros elevados, a empresa já vinha sinalizando que pode se desfazer de alguns ativos mais maduros para reciclar caixa, ou seja, levantar capital para investir em outros projetos.

A Equatorial já mandatou o BTG Pactual [do mesmo grupo de controle da Exame] para buscar um sócio de perfil financeiro para o negócio de transmissoras. A ideia é replicar o modelo adotado pela Neoenergia, que no começo do ano trouxe o GIC, do fundo soberano de Cingapura, como sócio, com participação de 50% no segmento.

No comunicado divulgado hoje ao mercado, a Equatorial afirmou que a venda da Intesa “avançar na aceleração de sua trajetória de desalavancagem, adequando sua estrutura de capital a eventuais oportunidades nas avenidas de geração de valor em que atua”.

No fim do segundo trimestre, a Equatorial tinha uma dívida líquida de R$ 34 bilhões, equivalente a 3,8 vezes o Ebitda dos 12 meses. Os resultados do terceiro trimestre serão divulgados em 8 de novembro.

A Equatorial tem mais oito linhas de transmissão, que somam 3,2 mil quilômetros e R$ 1,3 bilhão em receita anual permitida (RAP). Desse valor, R$ 196 mihões referem-se à Intesa.

A Equatorial entrou na Intesa em 2017, comprando uma fatia de 51% que pertencia ao FIP Brasil Energia e tinha como sócias duas subsidiárias da Eletrobras, Eletronorte e Chesf. Os 49% restantes foram adquiridos em 2019.

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Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada pela Saint Paul, é repórter do Exame IN desde abril de 2022 e está na Exame desde 2020. Antes disso, passou por grandes agências de comunicação.

Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

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