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Exclusivo: Unimed, Kora e Hapvida entre as interessadas por ativos da Amil no Ceará

Venda do hospital Monte Klinikum mais a carteira de vidas no Ceará avança, com propostas que chegam a R$ 180 milhões

Amil: Fundador da Qualicorp, José Seripieri Junior comprou a Amil no fim do ano passado por R$ 11 bi, entre equity e dívidas (Amil /Divulgação)
Amil: Fundador da Qualicorp, José Seripieri Junior comprou a Amil no fim do ano passado por R$ 11 bi, entre equity e dívidas (Amil /Divulgação)
Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 12:13.

Dois meses depois de anunciar a fusão com os hospitais da Dasa, a Amil está avançando na venda de seus ativos no Nordeste – parte do plano de José Seripieri Júnior, que comprou a operadora de planos de saúde no fim do ano passado e quer focar nas praças de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Segundo apurou o INSIGHT, o processo mais avançado é o da venda do Hospital Monte Klinikum, em Fortaleza, com 102 leitos, mais a carteira de vidas que a operadora detém no Ceará, com cerca de 30 mil beneficiários.

A Kora Saúde, a Unimed Fortaleza e a Hapvida estão engajadas nas negociações, com propostas que chegam a R$ 180 milhões.

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No mercado, a Unimed Fortaleza é vista como a candidata mais natural a levar os ativos, pois tem um posicionamento de preço parecido com a da Amil na região e tem apostado num modelo cada mais verticalizado, com atendimento em hospitais e clínicas próprias.

A Hapvida é a operadora mais forte na região, com opera com um tíquete médio mais baixo – ainda que a Amil tenha preços agressivos na praça, mais baixos que os tipicamente praticados em outras regiões. A proposta da companhia, no entanto, é a “mais fria”, por enquanto, segundo fontes que acompanham as negociações.

A surpresa no páreo fica por conta da Kora Saúde, que está bastante endividada e opera apenas hospitais, sem carteira de planos de saúde – mas vê na transação um potencial para defender seu mercado e se consolidar na região.

A companhia é uma das líderes em leitos no Ceará, desde a compra do grupo OTO, em 2021, um dos maiores no Ceará. São cerca de 400 leitos, contra 600 da Hapvida, que opera num modelo totalmente verticalizado.

Ainda segundo interlocutores que falaram sob a condição de anonimato, a Kora avalia os ativos e, se seguir com a transação, pode levantar capital para concretizá-la. A carteira de vidas seria repassada a outro player.

Os ativos do Nordeste da Amil ficaram de fora da joint venture com a Dasa. Além de Fortaleza, a companhia tem ainda o hospital Promater, em Natal, com 142 leitos, e o Santa Joana, em Recife, com 219 leitos. Em todas as praças, a companhia quer vender os hospitais junto com a carteira de vidas das respectivas regiões.

Por ora, dos ativos nordestinos à venda, apenas o de Fortaleza recebeu ofertas a contento.

Procuradas, Amil, Hapvida e Unimed Fortaleza disseram que não comentam rumores de mercado.

A Kora afirmou que “segue atenta e avalia opções de se tornar mais completa em todas as regiões em que atua, bem como busca as melhores formas para captação de recursos”.

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Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

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