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Huawei

Para o CEO da Huawei, esta é a chave para o avanço na América Latina

Gigante chinesa de tecnologia avança nas redes 5.5G, com velocidade de conexão 10 vezes superior às 5G e preparadas para os usos intensivos da inteligência artificial

Huawei na MWC 2024: gigante ocupa o primeiro pavilhão inteiro para expor seus produtos e receber convidados ( Xavi Torrent/Getty Images)
Huawei na MWC 2024: gigante ocupa o primeiro pavilhão inteiro para expor seus produtos e receber convidados ( Xavi Torrent/Getty Images)
Lucas Amorim

Lucas Amorim

27 de fevereiro de 2024 às 12:13

*O jornalista viajou a convite da Huawei

BARCELONA - Desde segunda-feira cerca de 100 mil empresários e executivos do mercado de tecnologias móveis se reúnem em Barcelona para o Mobile World Congress (MWC 2024), em Barcelona. É uma oportunidade para ver, ser visto, e avaliar o tamanho da ambição das maiores empresas do setor.

Num evento marcado pela grandiosidade, a chinesa Huawei se impõe: ocupa o primeiro pavilhão inteiro para expor seus produtos e receber convidados. Serão cerca de 13 mil pessoas em uma semana de feira, que podem ver as novidades em produtos como esteiras conectadas, relógios e smartphones e em tecnologias de redes.

O recado geral da companhia chinesa é que está pronta para liderar a demanda por conectividade mundo afora. "O exemplo da China mostra que o fator mais importante para um país avançar é a conectividade", disse Daniel Zhou, CEO da Huawei para América Latina e Caribe numa café com jornalistas. "É possível pedir uma maçã em casa, em qualquer parte do país, e ela vai chegar em minutos".

Zhou explicou que, na América Latina, mesmo nas grandes cidades áreas com conexão 5G convivem com áreas com pouca cobertura. "É preciso garantir que a maior parte dos cidadãos tenha acesso para que o país avance", disse.

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De 0,5 em 0,5

A prioridade, para a companhia chinesa, é seguir fornecendo soluções de 5G, mas no MWC o grande destaque foi para a chegada da rede chamada de 5.5G. É a evolução natural da tecnologia, com latência de milissegundos, menor uso de energia e capacidade de downloads de 10 Gbps, ou 10 vezes a velocidade conseguida em redes 5G.

Seria o ideal, diz o executivo, para inteligência artificial, mas também para eventos de grande demanda como, por exemplo, o Carnaval do Rio de Janeiro. "Fui ao carnaval e percebi como milhares de pessoas ao mesmo tempo distribuem vídeos e fazem lives. É um uso intensivo que vai ficar mais possível com o 5.5G", disse.

Segundo a Huawei, Hong Kong, Finlândia e Alemanha são alguns dos mercados em que a supervelocidade de carregamento já está disponível. No Brasil o 5.5G ainda deve levar 3 anos para estar disponível comercialmente.

No fim de 2023, havia 300 redes comerciais 5G lançadas em todo o mundo, atendendo mais de 1,6 bilhão de pessoas. A taxa de adoção da tecnologia é sete vezes mais rápida que a da adoção do 4G. O 5.5G é uma evolução na direção do 6G, que já está em desenvolvimento.

"Estamos prontos há algum tempo para o 6G. Mas no momento o setor está discutindo os standards com operadoras, fabricantes, reguladores. Ainda deve levar alguns anos, talvez, para a tecnologia estar disponível", afirmou Zhou. De 0,5 em 0,5, o mundo vai se transformando.

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Lucas Amorim

Lucas Amorim

Diretor de redação da Exame

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, começou a carreira no Diário Catarinense. Está na Exame desde 2008, onde começou como repórter de negócios. Já foi editor de negócios e coordenador do aplicativo da Exame.