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Seguros

Startup que digitaliza venda de seguros recebe aporte liderado pelo Canary

A Zipia oferece uma plataforma para que corretores e seguradoras possam encontrar clientes interessados em seguros e consórcios

Pedro Yue, presidente e cofundador da Zipia: empresa foi criada em 2020 como um spin-off da americana QuinStreet no Brasil
 (Zipia/Divulgação)
Pedro Yue, presidente e cofundador da Zipia: empresa foi criada em 2020 como um spin-off da americana QuinStreet no Brasil (Zipia/Divulgação)

Publicado em 10 de maio de 2021 às 17:50.

Última atualização em 11 de maio de 2021 às 11:04.

Nascida em 2020, em meio à pandemia, a insurtech Zipia acaba de levantar sua primeira rodada de captação. Sem divulgar valores, a empresa anuncia nesta segunda-feira, 10, ter concluído a captação da sua rodada seed de investimentos, liderada pelo fundo de venture capital brasileiro Canary. A aceleradora americana 500 Startups e alguns investidores-anjo, como Flavio Dias (ex-presidente da Via Varejo) e Andre Farber (vice-presidente do Grupo Boticário), também investiram na startup.

Fundada por Pedro Yue, Simon Birrell e Daniel Possa, a empresa mira o mercado de consórcios e seguros brasileiro. Com uma rede de sites construídos para atrair consumidores interessados nos produtos das empresas parceiras, a startup entrega aos corretores os contatos dos clientes em potencial. Além disso, ela disponibiliza ferramentas para ajudar com as vendas e controlar a performance dos produtos. “Como as seguradoras não vendem diretamente para o consumidor, às vezes é difícil para elas visualizarem o retorno sobre seus investimentos. Nossa plataforma quer facilitar esse processo”, diz Yue.

A ideia para o negócio surgiu dentro da empresa americana de marketing QuinStreet, listada em Nasdaq, que é a antiga empregadora dos três fundadores da startup. Quando eles perceberam o potencial de crescimento do mercado de seguros brasileiro, decidiram deixar seus empregos e empreender. Como incentivo à iniciativa, a QuinStreet deu o capital inicial da operação em troca de 10% do negócio.

No primeiro ano de operações, os seguros de automóveis foram o carro chefe da operação da Zipia. A empresa já ajudou mais de 300 corretoras a fazer 8.000 vendas, somando prêmios de mais de R$ 14 milhões. Entre os principais clientes estão empresas como Vila Velha, Unifisa e H&H. A insurtech cobra uma taxa das corretoras por cada conexão feita com os clientes em potencial.

Com a injeção do capital semente no negócio, a Zipia planeja expandir sua atuação para além do mercado de seguros auto e aumentar o time — hoje, a empresa emprega 15 funcionários. "Crescemos mais de 50% de dezembro até agora. Nosso plano é aumentar o tamanho da equipe conforme a base de clientes aumentar", afirma Yue.

A oportunidade é enorme. No Brasil, o mercado de seguros mais que dobrou de tamanho na última década, chegando a movimentar RS$ 273,7 bilhões no ano passado. Apesar do crescimento, os seguros ainda são pouco utilizados no país em comparação com mercados mais maduros, como os Estados Unidos. O seguro de vida, por exemplo, é usado por 15% da população brasileira contra 44% da americana. A expectativa da Zipia é conseguir ajudar a aumentar a penetração desses produtos no país.

"A visão de Pedro, Simon e Daniel para modernizar o processo de venda de seguros e serviços financeiros saltou aos nossos olhos. Também nos chamou a atenção a trajetória profissional e acadêmica dos três, que os credencia para fazer da Zipia um negócio transformador", afirma Marcos Toledo, sócio do Canary. Antes de trabalhar na QuinStreet, Yue foi consultor na Bain & Company e fez MBA em Wharton, enquanto Simon Birrell é PhD em inteligência artificial e robótica pela Universidade de Cambridge e foi fundador da Vemm, adquirida pela QuinStreet em 2015.

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