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Depois de ser comprada pela Evertec, Sinqia entra em meios de pagamento

Operação da startup PaySmart foi incorporada à companhia brasileira

Pagamentos: foco da nova vertical da Sinqia é atender desde as empresas de 'maquininha' até apps que querem formatar oferta digital (Unsplash) (Christiann Koepke/Unsplash)
Pagamentos: foco da nova vertical da Sinqia é atender desde as empresas de 'maquininha' até apps que querem formatar oferta digital (Unsplash) (Christiann Koepke/Unsplash)
Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 2 de abril de 2024 às 14:30.

Última atualização em 2 de abril de 2024 às 14:39.

A Sinqia, líder em tecnologia para o sistema financeiro no Brasil, anuncia nesta terça-feira a criação de uma nova unidade de negócios, dedicada a explorar o setor de meios de pagamento.

A novidade é um dos primeiros resultados da aquisição da companhia brasileira pela Evertec, empresa porto-riquenha líder em processamento de transações na América Latina e Caribe.

A combinação de negócios se tornou pública em novembro, quando a Evertec tirou a Sinqia da B3 com uma oferta de R$ 2,5 bilhões. 

A aquisição trouxe à Evertec a oportunidade de entrar no mercado brasileiro de forma mais contundente. Antes da aquisição da Sinqia, a empresa de Porto Rico sinalizou o apetite pelo mercado brasileiro por meio da compra da PaySmart, empresa de processamento de pagamentos, em uma transação fechada em fevereiro de 2023 por R$ 130 milhões. 

Agora, a multinacional listada na Nasdaq reúne todas as ofertas — e a expertise nos demais 26 países em que atua — sob o guarda-chuva da Sinqia (inclusive fisicamente, tudo passou para o escritório da empresa brasileira).

E traz, nesse espírito, a nova vertical de pagamentos. 

O foco da nova unidade de negócios, comandada por Daniel Oliveira (fundador da PaySmart) é atender tanto aos players consolidados no setor de pagamentos, como bancos e adquirentes — um público com o qual a Sinqia tem uma presença consolidada — quanto oferecer serviços para empresas não financeiras que desejem ter alguma oferta desse tipo de forma rápida e simples. 

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“O mercado de pagamentos é complexo. Se você olhar qualquer uma das grandes empresas que atuam no setor, vai perceber que, apesar de elas desenvolverem tecnologia dentro de casa, consomem várias partes de seus serviços de diferentes parceiros. Ainda é um mercado muito pulverizado, no qual percebemos que podemos ganhar espaço”, diz Oliveira. 

Ao mesmo tempo, a empresa quer ganhar espaço com empresas menores, que não têm uma oferta de serviços financeiros consolidada.

“É o que temos chamado de nova economia, empresas que têm uma comunidade de usuários, um aplicativo, por exemplo, e que não tinham se dado conta de que podem passar a oferecer pagamentos para eles, seja por meio de um cartão físico ou um cartão virtual ou até por Pix. Queremos oferecer soluções simples para que eles possam adotar esse tipo de solução”, diz Oliveira. 

A gestão desses serviços, especialmente para as empresas não financeiras, fica a cargo da própria Sinqia.

Com uma licença de instituição de pagamentos, a companhia consegue oferecer os módulos financeiros às empresas menores sem que elas precisem recorrer ao Banco Central para conseguir ofertar esse tipo de serviço. 

“Temos muito apetite para trazer essas empresas para o mercado de pagamentos, com APIs intuitivas e com um modelo de negócios que é fácil de usar e de plugar”, diz Oliveira. 

Globalmente, a Evertec viu a receita crescer 12% em 2023, para US$ 694,7 milhões, principalmente pelo crescimento em pagamentos na América Latina, de acordo com as informações divulgadas pela companhia. O Ebitda cresceu 6%, para US$ 292 milhões. 

Apesar do crescimento, o lucro líquido encolheu bastante, passando de US$ 239 milhões em 2022 para US$ 79,7 milhões em 2023.

A queda foi relacionada principalmente ao impacto de efeitos relacionados à aquisição da Sinqia, além de outros pontos não recorrentes que impactaram o balanço de dois anos atrás.

Hoje, a Evertec vale US$ 2,5 bilhões na Nasdaq.

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Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada pela Saint Paul, é repórter do Exame IN desde abril de 2022 e está na Exame desde 2020. Antes disso, passou por grandes agências de comunicação.

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