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B3 tem lucro bilionário “fora do comum” com volatilidade da pandemia

Volumes negociados explodiram em março, o que puxou resultados; mas desempenho não deve se repetir

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B3: volatilidade e frenesi da crise levaram à forte alta dos resultados (d3sign/Getty Images)

B3: volatilidade e frenesi da crise levaram à forte alta dos resultados (d3sign/Getty Images)

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Graziella Valenti

Publicado em 14 de maio de 2020, 19h59.

Última atualização em 14 de maio de 2020, 21h13.

A B3 teve lucro histórico de 1 bilhão de reais no primeiro trimestre, uma alta de nada menos do que 70% em relação ao mesmo período de 2019 e de 40% sobre o quarto trimestre do ano passado. “O resultado foi fora do comum”, frisou Daniel Sonder, diretor financeiro da casa, no primeiro podcast que a empresa fez para publicar junto com o balanço.

Enquanto a volatilidade e o frenesi tiravam o sono dos investidores, a alta frequência dos negócios se traduziu em expansão dos ganhos da B3 devido à explosão dos volumes negociados. Mas Sonder já avisa que o “fora do comum” não é apenas uma interjeição positiva. Os números não devem se repetir, segundo alertou o executivo.

A receita total da bolsa ultrapassou 2 bilhões de reais, após aumento de 38,7% na comparação anual. A receita líquida ficou em 1,9 bilhão de reais, no mesmo ritmo de crescimento. O Ebitda alcançou 1,57 bilhão de reais de janeiro a março, com um aumento superior a 61%. Dessa forma, a margem atingiu 82,4%, frente a 70% do primeiro trimestre.

O desempenho refletiu o aumento expressivo das transações realizadas. A quantidade de negócios diários teve alta de 60% na comparação de março para fevereiro. Nos três primeiros meses de 2020, foram negociados quase 1,8 trilhão de reais na bolsa, volume que equivale a 42% de tudo que foi movimentado em 2019.

Em quantidade de negócios, foram feitas 194,3 milhões de transações de janeiro a março ou 45% do total de operações registradas durante todo ano passado. O número de pessoas físicas cadastradas para fazer operações diretamente na B3 também teve forte crescimento: 700.000 novas contas, de janeiro a abril, para um total hoje de 2,4 milhões de CPFs registrados.

Passado o grande nervosismo de março, os meses seguintes já indicam retomada do ritmo normal das transações. Sonder destacou que a capitalização das companhias na bolsa hoje está muito menor e que isso afeta a perspectiva dos negócios. A crise da covid-19 tirou 1 trilhão de reais do valor de mercado somado de todas as companhias listadas — uma queda de 23% ante fevereiro. Dessa forma, segundo o executivo, é muito difícil fazer previsões para os próximos trimestres. A única certeza, por enquanto, é que os três primeiros meses dificilmente vão se repetir.

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